Covid-19: Médicos polacos em Itália para ajudar e aprender

Uma equipa de 15 médicos polacos partiu hoje de Varsóvia para ajudar os seus colegas italianos, indicaram os organizadores desta missão que também pretende adquirir experiência face ao aumento de contaminados pelo novo coronavírus na Polónia.

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© REUTERS/Flavio Lo Scalzo

Lusa
30/03/2020 16:55 ‧ 30/03/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

"Por um lado, a missão tem por objetivo ajudar os médicos italianos, esmagados pelo trabalho, oferecer-lhes um pouco de repouso, um momento para respirar", declarou à agência noticiosa AFP Aleksandra Rutkowska, responsável por uma ONG polaca especializada na ajuda médica urgente através do mundo e que coorganizou a operação com o Instituto médico militar WIM.

"Por outro lado, pretendemos adquirir experiência, caso seja necessária utilizá-la na Polónia", indicou ainda.

"Queremos observar a boca deste leão antes que surja no nosso país. Estaremos então mais bem preparados à chegada da epidemia", assinalou na página Facebook da missão e antes da partida para Itália Pawel Szczucinski, psiquiatra e pediatra.

Os médicos polacos vão ajudar os seus colegas italianos durante dez dias em Brescia na região da Lombardia, fortemente atingida pela pandemia da covid-19.

A pandemia provocada pelo novo coronavírus prossegui hoje em Itália um lento recuo pelo terceiro dia consecutivo, segundo o último balanço oficial que refere um total de 10.779 mortos (mais 756 nas últimas 24 horas) e 97.689 casos.

Na Polónia, o balanço oficial hoje divulgado indicava 1.984 pessoas contaminadas e 26 mortes devido à covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 396 mil infetados e perto de 25 mil mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais (10.779 mortos em 97.689 casos confirmados até domingo).

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 7.340, entre 85.195 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (143.055).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.470 casos (mais de 75 mil recuperados) e regista 3.304 mortes. A China anunciou hoje 31 novos casos, dos quais 30 oriundos do exterior, e mais quatro mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.

Os países mais afetados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.757 mortes reportadas até hoje (41.495 casos), a França, com 2.606 mortes (40.174 casos) e os Estados Unidos com 2.514 mortes (143.055 casos).

 

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