"Por um lado, a missão tem por objetivo ajudar os médicos italianos, esmagados pelo trabalho, oferecer-lhes um pouco de repouso, um momento para respirar", declarou à agência noticiosa AFP Aleksandra Rutkowska, responsável por uma ONG polaca especializada na ajuda médica urgente através do mundo e que coorganizou a operação com o Instituto médico militar WIM.
"Por outro lado, pretendemos adquirir experiência, caso seja necessária utilizá-la na Polónia", indicou ainda.
"Queremos observar a boca deste leão antes que surja no nosso país. Estaremos então mais bem preparados à chegada da epidemia", assinalou na página Facebook da missão e antes da partida para Itália Pawel Szczucinski, psiquiatra e pediatra.
Os médicos polacos vão ajudar os seus colegas italianos durante dez dias em Brescia na região da Lombardia, fortemente atingida pela pandemia da covid-19.
A pandemia provocada pelo novo coronavírus prossegui hoje em Itália um lento recuo pelo terceiro dia consecutivo, segundo o último balanço oficial que refere um total de 10.779 mortos (mais 756 nas últimas 24 horas) e 97.689 casos.
Na Polónia, o balanço oficial hoje divulgado indicava 1.984 pessoas contaminadas e 26 mortes devido à covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 396 mil infetados e perto de 25 mil mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais (10.779 mortos em 97.689 casos confirmados até domingo).
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 7.340, entre 85.195 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (143.055).
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.470 casos (mais de 75 mil recuperados) e regista 3.304 mortes. A China anunciou hoje 31 novos casos, dos quais 30 oriundos do exterior, e mais quatro mortes, numa altura em que o país suspendeu temporariamente a entrada no país de cidadãos estrangeiros, incluindo residentes.
Os países mais afetados a seguir a Itália, Espanha e China são o Irão, com 2.757 mortes reportadas até hoje (41.495 casos), a França, com 2.606 mortes (40.174 casos) e os Estados Unidos com 2.514 mortes (143.055 casos).