Venezuela: OEA apoia proposta dos EUA para "transição democrática"
A Organização de Estados Americanos (OEA) anunciou hoje que apoia a proposta dos Estados Unidos para "uma transição democrática na Venezuela", alertando que é imprescindível libertar os presos políticos no país.
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Mundo OEA
"É imprescindível a libertação imediata dos presos políticos, recuperar a institucionalidade representada pela Assembleia Nacional e os seus membros democraticamente eleitos, assim como a institucionalidade do Supremo Tribunal de Justiça", explica.
A OEA considera que o plano apresentado constitui uma "proposta válida para uma solução para sair da ditadura usurpadora e recuperar a democracia no país".
Segundo a OEA, o caminho proposto no plano do Departamento de Estado dos EUA merece o apoio de todos os que lutam por eleições livres e transparentes na Venezuela, de acordo com os padrões da Carta Democrática Interamericana e com a observação internacional, incluindo a Organização de Estados Americanos.
"Da mesma maneira, o envolvimento da comunidade interamericana e internacional será fundamental para ajudar a remediar a dramática situação humanitária do povo venezuelano, dos seus migrantes, da sua saúde e para a necessária reconstrução da economia e do tecido social do país, assim como para a reconstrução dos processos eleitorais no país", explica.
O documento conclui reiterando a disposição daquele organismo para continuar o trabalho pelo regresso da democracia na Venezuela, comprometendo-se a apoiar a proposta dos EUA, em defesa da liberdade.
Os Estados Unidos apresentaram hoje um Plano de Transição Democrática para a Venezuela que prevê que o Presidente eleito, Nicolás Maduro, e o autoproclamado Presidente interino, Juan Guaidó, se afastem para permitir que um Conselho de Estado Plural prepare a realização de eleições presidenciais nos próximos meses, tendo como contrapartida o fim das sanções económicas internacionais contra o regime de Caracas.
Portugal e cerca de 60 outros países reconhecem a legitimidade do autointitulado Presidente interino, Juan Guaidó, e pedem novas eleições na sequência de uma crise política provocada pelas eleições presidenciais de 2018, em que Maduro saiu vencedor sob críticas de falta de transparência por parte da oposição.
A Venezuela atravessa uma grave crise política, económica e social que já levou milhões de cidadãos a atravessarem as fronteiras, procurando asilo nos países vizinhos.
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