Maioria dos brasileiros quer manter Bolsonaro como Presidente

A maioria dos brasileiros considera que o Presidente, Jair Bolsonaro, deve manter-se no cargo, apesar de só um terço apoiar a sua gestão do combate à covid-19, avança um estudo do instituto Datafolha hoje divulgado.

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Lusa
05/04/2020 17:05 ‧ 05/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Segundo o estudo, publicada hoje pelo jornal Folha de São Paulo, 59% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro não deve renunciar, enquanto 37% consideram que esse é o caminho que deve seguir tendo em conta a forma como tem enfrentado a pandemia.

O Presidente do Brasil tem contrariado as recomendações científicas da Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a propagação do vírus, defendendo que a covid-19 é uma "gripe" que só deve preocupar os idosos e que não deve parar todo um país devido a confinamento de pessoas.

A posição que Bolsonaro assumiu em relação à covid-19 é aprovada por 33% dos entrevistados para o estudo, que consideraram a resposta do Presidente como "ótima" ou "boa".

De acordo com o estudo, mais de metade (52%) dos inquiridos acredita que o chefe do Estado brasileiro tem condições para continuar a governar o país, embora 44% refutem essa afirmação.

A pesquisa entrevistou 1.511 pessoas entre 01 e 03 de abril e que possui uma margem de erro de três pontos.

A divulgação de um estudo a defender que a maioria dos brasileiros aceita e pretende que o Presidente se mantenha acontece numa altura em que sua imagem tem sido ofuscada pela do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, cuja gestão da crise causada pela pandemia de coronavírus é aprovada por mais de três quartos (76%) da população.

A popularidade do ministro aumentou quando Mandetta, que é médico e partidário do distanciamento social, tornou mais vincada a sua divergência com Bolsonaro, que critica o confinamento em massa.

Segundo o último relatório divulgado pelo Ministério da Saúde, a covid-19 provocou a morte de 431 pessoas no Brasil e há, pelo menos, 10.278 infetados no país.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 65 mil. Dos casos de infeção, mais de 233 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com cerca de mais de 642 mil infetados e mais de 47 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 15.362 óbitos em 124.632 casos confirmados até hoje.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 12.418, entre 130.759 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos, com 8.162 mortos, são o que contabiliza mais infetados (mais de 300 mil).

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, conta com 81.669 casos e regista 3.329 mortes. As autoridades chinesas anunciaram hoje 30 novos casos e mais três mortes.

Além de Itália, Espanha, Estados Unidos e China, os países mais afetados são França, com 7.560 mortos (89.953 casos), Reino Unido, com 4.934 mortos (47.806 casos), Irão, com 3.603 mortos (58.226 casos), e Alemanha, com 1.342 mortes (91.714 casos).

A pandemia afeta já 50 dos 55 países e territórios africanos, com mais de 8.500 infeções e mais de 360 mortes, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC). São Tomé e Príncipe permanece como o único país lusófono sem registo de infeção.

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