"Vamos continuar com os voos fretados à Air France para ir busca-los, às Filipinas, ao Peru", disse o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Jean-Baptiste Lemoyne, à rádio France Bleu Provence.
Desde 16 de março, dia em que foi anunciado um mecanismo para acompanhamento dos franceses retidos no estrangeiro, foi lançada uma vasta operação de repatriamento, qualificada na sexta-feira pelo Presidente, Emmanuel Macron, como "uma proeza".
Macron falava durante uma visita ao centro de crise e apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde trabalham 260 pessoas.
Um responsável do ministério disse na altura, quando já tinham sido repatriados 132.000 franceses, que muitos turistas franceses estavam "dispersos" por diferentes zonas do Peru e em "várias ilhas" das Filipinas.
Havia então também franceses a bordo dos cruzeiros Zantaam, que acostou sexta-feira na Florida, e Coral Princess, que aportou sábado em Miami, entre os quais cerca de uma centena com "problemas de saúde graves".
A operação de repatriamento de franceses foi lançada na véspera da entrada em vigor do período de confinamento em França, que começou a 17 de março e se prolonga pelo menos até 15 de abril.
Surgido em dezembro, na China, o vírus SARS-coV-2 já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, mais de 73 mil das quais morreram.
O continente europeu, com mais de 696 mil infetados e 53 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos.
França é o terceiro país europeu com maior número de mortes, depois de Itália e de Espanha, com 8.911 óbitos associados à covid-19 num total de 98.010 casos confirmados, segundo números oficiais de segunda-feira.