A decisão foi tomada hoje por unanimidade pelos 240 deputados ao Parlamento búlgaro e tem em conta que o estado de emergência foi decretado a 01 deste mês e que termina a 13 de maio, num país que registou, até hoje, 23 óbitos entre os 581 casos recenseados.
A medida vincula também o primeiro-ministro, o populista Boiko Borisov, os 17 ministros, os 31 diretores das agências estatais e todos os membros dos gabinetes políticos.
O salário de um deputado é de quase 2.000 euros, três vezes mais do que o salário médio no país mais pobre da União Europeia (UE), enquanto o ordenado do primeiro-ministro se situa em 3.050 euros.
No total, calcula-se que, nas seis semanas de duração do confinamento, os políticos búlgaros disponibilizem cerca de um milhão de euros.
O Presidente da Bulgária, Rumen Radev, cujo salário é de 4.200 euros, já tinha posto em prática a decisão de doar o vencimento a partir de 13 de março, sem, porém, a ter tornado pública, até hoje.
Ao comentar a decisão de hoje do Parlamento, Radev criticou-a, considerando "populista" a forma como os deputados decidiram anunciar a medida.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.