A decisão foi anunciada pelo tribunal dos assuntos familiares, responsável por estes processos, no site oficial da justiça do Dubai, um dos sete emirados que integram os Emirados Árabes Unidos e que até ao momento recensearam 2.659 casos do novo coronavírus, incluindo 12 óbitos.
O juiz Khaled al-Hawsni, do tribunal dos assuntos familiares, dirigiu no mesmo site um apelo aos casais que já cumpriram os procedimentos de casamento para evitarem a realização da boda "mesmo em círculos restritos".
As autoridades do Dubai reforçaram no sábado, por mais duas semanas, as medidas que limitam as deslocações com o objetivo de circunscrever o novo coronavírus.
Apenas uma pessoa por habitação está autorizada a sair à rua para obter "bens essenciais", em particular alimentos e medicamentos.
Os trabalhadores de "setores vitais", onde se incluem a saúde, os media ou as cadeias de distribuição, terão a possibilidade de circular, com os restantes dependentes da obtenção de uma autorização pela polícia do Dubai para se deslocarem.
Alguns pedidos são "estranhos", indicou hoje um responsável policial ao diário Gulf News, ao citar o exemplo de um cidadão que disse necessitar de uma autorização para se deslocar a casa da sua segunda mulher, mas sem precisar a resposta que obteve.
A poligamia é autorizada nos Emirados, onde os homens têm o direito, em conformidade com a lei islâmica, a quatro esposas em simultâneo.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.