Os meios de comunicação começaram a perceber a forma como a Mossad está envolvida no combate à pandemia do novo coronavírus quando foi revelado que o ministro da Saúde israelita, Yaakov Litzman, contraiu o SARS-CoV-2, o vírus que provoca a doença Covid-19. Vários elementos do governo israelita e das principais autoridades de Israel ficaram imediatamente em quarentena, incluindo Yossi Cohen, o diretor da Mossad.
O motivo pelo qual Cohen estava em contacto frequente com o ministro Litzman era o papel fundamental tem desempenhado no combate ao vírus, e que a partir desse momento deixou de ser secreto.
Segundo o The New York Times, a Mossad tem sido um dos bens mais preciosos de Israel na aquisição de material de proteção, mas também na obtenção no estrangeiro da tecnologia de que os laboratórios israelitas precisam para conduzirem testes à Covid-19, por exemplo.
A Mossad também tem sido decisiva na forma como assegurou os conhecimentos necessários para a produção de ventiladores em Israel.
Com o Irão a ser um dos países mais afetados com a pandemia do novo coronavírus, a agência de inteligência de Israel considerou que Teerão não representava uma ameaça imediata à segurança de Israel, podendo assim dedicar-se a enfrentar a emergência de saúde provocada pela Covid-19. As autoridades de saúde e centros hospitalares não têm hesitado em pedir a ajuda da Mossad.
Foi isso mesmo que fez Yitshak Kreiss, o diretor do Sheba Medical Center, o maior hospital de Israel. Kreiss percebeu que o hospital precisava de mais ventiladores e de mais equipamento de proteção. Contactou Yossi Cohen em fevereiro e a Mossad foi essencial para assegurar o equipamento médico de que o Sheba Medical Center necessitava.
“Só em Israel é que o hospital Sheba podia pedir a ajuda da Mossad. Conseguem imaginar o Mount Sinai Hospital a pedir a ajuda da CIA?”, referiu Kreiss numa entrevista, aludindo ao hospital de Nova Iorque.
Com a ajuda da Mossad, Israel tem conseguido contrariar as previsões inicias mais negras. De acordo com os dados mais recentes do centro de pesquisa da Universidade Johns Hopkins, Israel registou até ao momento quase 12 mil casos positivos e 117 mortes devido à Covid-19.
