De acordo com os causídicos, a administração de Donald Trump não consegue testar mais do que uma pequena percentagem dos migrantes detidos, o que pode estar a facilitar a proliferação do SARS-CoV-2 no sistema de centros de detenção e, depois, para a América Central e outras regiões através dos voos de deportação.
Mais de 1.600 deportados dos Estados Unidos para a Guatemala foram autorizados, no último mês, a seguir para casa e a entrar em quarentena voluntária, mas crescem os receios de que possam estar na origem de um número indeterminado de casos e a aumentar a vulnerabilidade dos países da América Central.
As autoridades norte-americanas medem a temperatura dos passageiros à partida e a polícia da Guatemala verifica tosse, febre e outros sintomas à chegada, mas apenas os casos suspeitos fazem um teste de mucosas. Aqueles que não apresentem sintomas são autorizados a ir para casa, mesmo que tenham viajado num voo com pessoas infetadas.
Apenas na segunda-feira a Guatemala testou, pela primeira vez, todos os passageiros de um avião onde foi detetado um caso positivo e outros 43 passageiros, de um total de 76, acusaram positivo, apesar de não apresentarem sintomas da doença, encontrando-se, agora, em quarentena médica, segundo as autoridades.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 150 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 483 mil doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (34 mil) e mais casos de infeção confirmados (671 mil).
A região da América Latina e Caribe regista 89 mil casos e um total de 4.242 mortos.