França confirma 1.046 positivos no porta-aviões Charles de Gaulle
Um total de 1.046 marinheiros testaram positivo para o novo coronavírus no porta-aviões francês Charles de Gaulle e no grupo aeronáutico que o suporta, num universo de 1.760 pessoas, anunciaram hoje as Forças Armadas francesas.
© Lusa
Mundo Covid-19
O balanço "é definitivo", sublinharam as autoridades de saúde militares francesas, depois de a ministra do Exército ter avançado números contraditórios na sexta-feira, perante a Assembleia Nacional, que apontavam para um número mais elevado de casos num universo maior.
"Este é o número final", reforçou hoje o porta-voz da marinha francesa, capitão Eric Lavault, sublinhando que a contagem abrangeu o porta-aviões nuclear e navios e aeronaves de acompanhamento.
O porta-aviões nuclear chegou domingo ao porto de Toulon (sul), duas semanas antes do previsto.
A origem do contágio permanece desconhecida. A tripulação, em missão durante três meses, não esteve em contacto com elementos exteriores após uma escala em Brest (oeste de França) de 13 a 16 de março.
Foram pedidas duas investigações, uma de comando e a outra epidemiológica.
Na quinta-feira, o porta-voz da Marinha francesa desmentiu formalmente as afirmações de um marinheiro, segundo o qual o comandante do porta-aviões propôs a interrupção da missão após a escala em Brest, o que lhe foi recusado.
O Charles de Gaulle é o segundo porta-aviões nuclear contaminado pelo vírus, depois do USS americano Theodore Roosevelt.
"Temos trocado com os americanos informações sobre este assunto", avançou Eric Lavault.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 150 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 483 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 687 pessoas das 19.685 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
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