Covid-19: Decretado recolher obrigatório na ilha venezuelana Margarita
O Presidente da Venezuela decretou o recolher obrigatório na ilha Margarita, a cerca de 40 quilómetros a norte do território continental, onde foram confirmados 21 infetados com a covid-19.
© Reuters
Mundo Venezuela
O anúncio foi feito pelo ministro de Comunicação e Informação da Venezuela, Jorge Rodríguez, na televisão estatal venezuelana, precisando que o recolher obrigatório vai ser imposto entre as 16:00 e as 10:00 (21:00 e 15:00 em Lisboa), a partir de hoje, 20 de abril.
"O Presidente Nicolás Maduro tomou a decisão de decretar o recolher obrigatório, que deve ser respeitado por todos", no estado insular de Nova Esparta, disse.
Jorge Rodríguez anunciou que nas últimas 24 horas foram registados 29 casos da covid-19 no país, incluindo 21 "provenientes do estado de Nova Esparta, um foco que está diretamente relacionado com o incumprimento da quarentena de parte de uma academia de basebol", o que "podia ter sido evitado".
Na Venezuela estão oficialmente confirmados 256 casos de pessoas infetadas e nove mortes associadas ao novo coronavírus (SARS-CoV-2). Pelo menos 117 pacientes recuperaram da doença.
A Venezuela está desde 13 de março em estado de alerta, o que permite ao executivo decretar "decisões drásticas" para combater a pandemia.
O estado de alerta foi decretado por 30 dias e prolongado por igual período.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.
Desde 16 de março que os venezuelanos estão em quarentena e impedidos de circular livremente entre os vários estados do país.
Nos últimos dias as autoridades têm aumentado o confinamento social, reduziram o horário de abertura dos comércios básicos e impuseram mais restrições, incluindo um dia de paragem obrigatória, e multas para os infratores, em algumas regiões do país.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou mais de 2,3 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 525 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
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