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Palestina condena Governo entre Netanyahu e Gantz

A Palestina condenou hoje a formação de um Governo de emergência nacional entre o atual primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o líder da coligação Azul e Branco, Benny Gantz, porque poderá favorecer a anexação de secções da Cisjordânia.

Palestina condena Governo entre Netanyahu e Gantz
Notícias ao Minuto

20:59 - 20/04/20 por Lusa

Mundo Palestina

"A formação de um Governo israelita de anexação significa o fim da solução de dois estados [Palestina e Israel] e o desmantelamento dos direitos da população da Palestina estabelecidos pela lei e resoluções internacionais", escreveu na rede social Twitter o primeiro-ministro palestiniano, Mohammad Shtayyeh.

A Palestina considera que o acordo firmado entre Netanyahu e o líder da coligação Azul e Branco vai motivar a anexação de mais territórios na Cisjordânia, uma das questões principais no conflito israelo-palestiniano.

Israel continua a ocupar a Cisjordânia, mas abandonou em 2005 a Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo movimento radical palestiniano Hamas e, por isso, alvo de um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo por parte do Estado hebreu.

Mais de 600.000 colonos israelitas coexistem, frequentemente de modo conflituoso, com três milhões de palestinianos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Israel considera Jerusalém a sua capital "unificada e indivisível", mas a comunidade internacional não reconhece a anexação da ocupada zona leste da cidade, que os palestinianos reivindicam como capital do Estado a que aspiram.

Israel enfrentou em 1987 e depois em 2000 duas revoltas (intifada) dos palestinianos dos territórios ocupados.

A primeira terminou com a assinatura em 1993 em Washington dos acordos de Oslo sobre a autonomia nos territórios.

Desde que assumiu funções, o Presidente norte-americano, Donald Trump, adotou uma política de apoio sem falhas a Israel, tomando decisões contrárias a posições de décadas da diplomacia norte-americana.

Após o reconhecimento em 2017 de Jerusalém como capital de Israel e da soberania do Estado hebreu na zona ocupada dos montes Golã sírios, Trump divulgou no final de janeiro um plano para resolver o conflito israelo-palestiniano que faz numerosas concessões a Israel.

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