Segundo a Real Polícia Montada do Canadá, citada pela agência AP, alguns dos corpos foram encontrados em habitações que tinham sido incendiadas pelo autor dos disparos.
Os ataques ocorreram na província da Nova Escócia, no leste do Canadá, e foram perpetrados por Gabriel Wortman, de 51 anos, que viria a morrer durante a detenção, após uma perseguição que durou cerca de 12 horas.
O homem, um técnico de próteses dentárias, abriu fogo em diferentes locais, em circunstâncias e por motivos ainda por esclarecer.
Inicialmente, a comissária da Real Polícia Montada do Canadá (polícia federal), Brenda Lucki, indicou que 13 pessoas tinham morrido, mas posteriormente disse que o balanço dos ataques era de pelo menos 16 mortos, incluindo o atirador, de acordo com a cadeia pública CBC.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau fez um novo balanço e atualizou os números para 18 mortos.
O ataque começou no sábado à noite na pequena localidade rural de Portapique, a cerca de 100 quilómetros da capital provincial de Halifax. Várias vítimas foram encontradas à frente e no interior de uma casa, para onde a polícia foi chamada depois de terem sido ouvidos tiros.
O presumível autor fugiu à chegada da polícia, desencadeando uma vasta caça ao homem, durante uma dezena de horas por toda a província, com as autoridades a pedirem aos residentes para se manterem em casa.
Gabriel Wortman foi detido no domingo de manhã, em circunstâncias que a polícia ainda não esclareceu.
Este massacre é considerado o pior alguma vez registado no Canadá. Em 06 de dezembro de 1989, um homem matou a tiro 14 mulheres no Instituto Politécnico de Montreal, antes de se suicidar.
Em 2018, em 23 de abril, um motorista de um camião atropelou deliberadamente oito mulheres e dois homens no centro de Montreal.
Com menos de um milhão de habitantes, que vivem sobretudo da exploração da madeira e da pesca, Nova Escócia é uma das províncias menos povoadas do país.