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EUA pedem responsabilidade ao Irão por lançamento de satélite militar

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse hoje que o Irão será responsabilizado pelo lançamento de um satélite militar, que contraria resoluções das Nações Unidas.

EUA pedem responsabilidade ao Irão por lançamento de satélite militar
Notícias ao Minuto

17:37 - 22/04/20 por Lusa

Mundo Satélite

Os Guardas da Revolução iranianos anunciaram hoje o lançamento do seu primeiro satélite para o espaço, no âmbito de um programa espacial militar secreto, no meio de uma escalada de tensões entre Washington e Teerão.

"Penso que o Irão deve ser responsabilizado pelo que fez", reagiu hoje o chefe da diplomacia norte-americana, alegando que Teerão violou uma resolução das Nações Unidas, que proíbe o lançamento de mísseis nucleares.

"Todas as nações têm a obrigação de avaliar se o lançamento feito pelo Irão é consistente com as resoluções das Nações Unidas", disse Mike Pompeo.

O Irão diz que não violou nenhuma resolução da ONU sobre o seu programa de mísseis balísticos, já que a organização apenas instou o Irão a não realizar esses testes.

Os especialistas dizem não ser ainda claro se o Irão tem 'know how' militar e científico para alojar uma arma nuclear num míssil balístico, que possa constituir uma ameaça a outros países.

Sobre o programa nuclear da Coreia do Norte, o Pentágono disse hoje que não tem informações para dizer que o Presidente, Kim Jong-un, perdeu o controlo sobre a situação.

Questionado sobre rumores de problemas de saúde do líder norte-coreano, o vice-chefe de Estado-Maior dos Estados Unidos, John Hyten, disse supor que "Kim Jong-un ainda tenha controlo total da força nuclear e das forças armadas do seu país".

O conflito à volta do lançamento do satélite iraniano acontece no mesmo dia em que o Presidente dos EUA, Donald Trump, pediu à Marinha norte-americana para destruir qualquer embarcação iraniana que ameace navios dos Estados Unidos na região Golfo.

Há uma semana, o Pentágono acusou Teerão de estar a realizar "manobras perigosas" na região do Golfo, alegando que 11 lanchas dos Guardas da Revolução se atravessaram repetidamente em frente a navios dos Estados Unidos que patrulham o mar, a pouca distância e a grande velocidade.

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