Covid-19: Austrália quer OMS a inspeccionar países afetados por vírus

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, sugeriu hoje que a Organização Mundial da Saúde (OMS) venha a ser dotada de inspetores com capacidade de realizarem inspeções nos países afetados por um vírus para impedir eventuais pandemias.

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© Twitter/ mlnangalama

Lusa
23/04/2020 12:59 ‧ 23/04/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Os países membros da OMS deveriam autorizar, no futuro, a entrada de inspetores independentes para a realização de relatórios e inquéritos sobre novos vírus, disse o chefe do Governo da Austrália.

A medida, segundo Morrison, pode vir a permitir uma rápida mobilização no sentido da avaliação das situações sanitárias, à semelhança do que acontece com os especialistas que fazem a monitorização de armas nucleares, permitindo salvar vidas. 

"Estar num grupo como a OMS deve prever obrigações e responsabilidades", acrescentou Scott Morrison.

"Penso que as pessoas preferem saber rapidamente se um vírus pode vir a ter o mesmo potencial do que aquele que enfrentamos agora", disse ainda aos jornalistas o primeiro-ministro do Governo de Camberra.

De acordo com a imprensa australiana, Morrison, partilha das ideias já manifestadas por outros governantes, em todo o mundo, incluindo o presidente dos Estados Unidos.

No sábado, Donald Trump advertiu a República Popular da China sobre "eventuais consequências" por causa da pandemia do novo coronavírus, que causa a covid-19.

No domingo, a Austrália pediu a realização de um inquérito internacional independente sobre a pandemia e em particular sobre a forma como a OMS e a República Popular da China geriram a crise. 

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 181 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios. 

Mais de 593.500 doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 785 pessoas das 21.982 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado inicialmente no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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