Estudo diz que países em crise podem chegar aos mil milhões de casos

International Rescue Committee (Comité Internacional de Resgate) adverte para que será necessário olhar com atenção para os países que passam, mesmo sem crise pandémica, por necessidades de outra ordem.

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Notícias Ao Minuto
28/04/2020 12:22 ‧ 28/04/2020 por Notícias Ao Minuto

Mundo

International Rescue Committee

A crise sanitária pela pandemia de novo coronavírus passou todas as fronteiras erigidas pela civilização humana, afetando, sem discriminar, toda a população mundial. 

Nos países desenvolvidos, com ligeiras diferenças, as medidas de contenção acabaram por estancar as subidas da curva de contágio, mas um relatório internacional alerta para as dificuldades que poderão ser sentidas pelos países em crise, sobretudo no que concerne à multiplicação de casos.

Segundo um estudo divulgado pelo Comité Internacional de Resgate (International Rescue Committe - IRC) estima-se que mil milhões de pessoas poderão ser infetadas por novo coronavírus nos países afetados já anteriormente por crises, isto a menos que sejam tomadas medidas rápidas para conter a propagação da doença. 

Na pior das hipóteses, segundo os investigadores, que compilaram as estimativas com base em modelos e dados produzidos pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), poderá resultar que o mundo assista a perdas humanas de grande proporções, até 3,2 milhões de mortes.

"Estes números devem servir de alerta: o peso total, devastador e desproporcional dessa pandemia ainda não foi sentido nos países mais frágeis e devastados pela guerra", afirmou David Miliband, presidente e diretor executivo do Comité Internacional de Resgate.

"Ainda estamos na janela crítica de tempo para montar uma resposta preventiva robusta para os estágios iniciais do Covid-19 em muitos destes países e impedir que epidemia se acentue globalmente", afirma. 

De referir que, segundo o noticiado pela CNN, o relatório do Imperial College London, tomado como referência para a publicação destes dados, considerou taxas de mortalidade sob diferentes políticas de confinamento e a própria realidade dos países, tendo em conta variáveis como a força da economia de um país, a demografia da população e a capacidade estimada dos cuidados de saúde já instalados nesses países. 

Por fim, de referir que os 34 países afetados pela crise a qual os investigadores se referem são: Afeganistão, Burundi, Bangladesh, Burkina Faso, Chade, Camarões, CAR, Chade, Colômbia, Costa do Marfim, RDC, El Salvador, Etiópia, Grécia, Iraque, Jordânia, Quênia , Líbano, Libéria, Líbia, Mali, Mianmar, Nigéria, Paquistão, Serra Leoa, Somália, Sudão do Sul, Síria, Tanzânia, Tailândia, Uganda, Venezuela e Iêmen.

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