No domingo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros grego condenou a "perseguição provocadora" movida por aviões de caça turcos a um helicóptero do exército grego, que transportava no mar Egeu o ministro da Defesa, Nikos Panagiotopoulos, e o chefe de Estado-maior das Forças Armadas helénicas, general Konstantinos Floros, uma atuação que considerou "inaceitável".
Através de uma declaração, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros turco, Hami Aksoy, desmentiu em Ancara qualquer "perseguição" e afirmou que os aviões turcos "efetuavam atividades de rotina no mar Egeu".
"Este país [a Grécia] não tem nada a ganhar ao tentar atiçar as tensões pela dramatização de voos de rotina", acrescentou.
Previamente, o porta-voz do Governo grego, Stelios Petsas, tinha referido hoje de manhã que o incidente de domingo foi outra indicação "de que a Turquia excede frequentemente os limites da lei internacional e das leis da boa vizinhança".
Os dois responsáveis gregos efetuavam no domingo uma visita aos postos militares avançados situados nas ilhas gregas do mar Egeu, indicou fonte militar grega.
A agência noticiosa grega Ana assegurou que dois aviões turcos sobrevoaram no final da manhã a 3.500 pés de altitude (cerca de mil metros) o ilhéu de Inoussses após a descolagem do helicóptero grego. Um pouco mais tarde, os mesmos aparelhos sobrevoaram Agathonissi, um outro ilhéu grego nas proximidades, a 1.700 pés de altitude (pouco mais de 500 metros).
Fontes oficiais gregas também indicaram que aviões de caça gregos acabaram por repelir os dois aparelhos turcos.
As acusações mútuas entre a Grécia e a Turquia são frequentes no mar Egeu, motivando um aumento da tensão nesta zona onde permanecem diversas disputas, incluindo a delimitação das fronteiras marítimas entre os dois países vizinhos e aliados na NATO e que já estiveram à beira de provocar um conflito armado.
