Covid-19. Estados Unidos devem ultrapassar 100 mil mortes em junho

Os Estados Unidos devem ultrapassar já em junho a marca de 100.000 mortes com covid-19, estimada como total final pelo Presidente Donald Trump este domingo, de acordo com vários modelos epidemiológicos.

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Lusa
04/05/2020 18:53 ‧ 04/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

De acordo com documentos oficiais a que o jornal The New York Times teve acesso, o Governo federal norte-americano estima que o número de novos casos de contaminação suba até 200.000 diariamente, no final de maio, cerca de 25.000 mais do que os atualmente registados, e que o número de mortes suba para 100.000 já em junho.

Donald Trump disse no domingo que o número total de mortes com covid-19 nos Estados Unidos poderia subir até "75.000, 80.000 ou 100.000" no seu total, argumentando que as medidas de contenção evitaram que o número fosse superior a 1.5 milhões de pessoas.

Mas começam a surgir provas de que a Casa Branca tem estimativas que apontam para entre 100.000 e 240.000 mortes nos Estados Unidos, por causa do novo coronavírus.

"A minha estimativa é a de que atingiremos já 100.000 mortes no início de junho", disse Nicholas Reich, professor de bioestatística da Universidade de Massachusetts, com base em dados de que o Governo federal teve conhecimento.

De nove modelos citados pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC), pelo menos três fazem uma previsão de 100.000 mortes em apenas quatro semanas, no pico da pandemia.

Alguns modelos, mais otimistas, como um instituto da Universidade de Washington, prevê 72.000 mortes até ao dia 1 de junho, mas os seus investigadores já disseram que poderão ter de rever esse número.

Neste momento, os Estados Unidos registam mais de um milhão de casos de contaminação e mais de 65.000 mortes.

"Ainda existe um número elevado de condados onde os contágios continuam a crescer, como na região dos Grandes Lagos (no norte), partes do sudeste, noroeste e ainda no sul da Califórnia", explica o CDC, no documento que sintetiza os modelos epidemiológicos.

Mas o relatório também reconhece que em várias zonas dos Estados Unidos as taxas de incidência do vírus continuam a diminuir, embora expresse preocupação sobre a reabertura rápida da economia em alguns desses casos.

Alguns Estados, como Iowa, Minnesota, Tennessee ou Texas já procederam à reabertura das suas economias, considerando que estão ultrapassadas as fases mais críticas da pandemia.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 245 mil mortos e infetou mais de 3,4 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

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