Índia retoma serviço ferroviário apesar da aceleração da epidemia

A gigantesca rede ferroviária de passageiros da Índia, que estava parada desde o final de março para combater a propagação do novo coronavírus, retomou parcialmente o serviço hoje, apesar da aceleração da epidemia no país.

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Lusa
12/05/2020 09:59 ‧ 12/05/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Trinta comboios de passageiros estão autorizados a operar a partir de hoje entre a capital, Nova Deli, e outras grandes cidades do país, que tem 1,3 mil milhões de habitantes.

No entanto, isso representa apenas uma pequena fração do tráfego normal.

Estão a ser tomadas precauções para proteger a saúde dos passageiros, nomeadamente o uso obrigatório de máscara, medição da temperatura corporal e proibição de viajar em caso de apresentar sintomas de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus.

A retoma da circulação dos comboios foi anunciada na segunda-feira e as dezenas de milhares de bilhetes dos comboios disponibilizados esgotaram em poucas horas, segundo a imprensa indiana.

Mais de 45.000 pessoas compraram bilhetes de comboio em poucas horas após o retorno das vendas, de acordo com a agência de notícias Press Trust of India.

A Indian Railways também determinou que os passageiros instalassem uma aplicação de smartphone para o rastreamento de contactos administrado pelo Governo antes de embarcar nos comboios.

No entanto, os críticos dizem que a aplicação Aarogya Setu põe em risco as liberdades civis na maneira como usa os serviços de localização e centraliza a recolha de dados.

O tráfego ferroviário na Índia, com 20 milhões de pessoas por dia antes da crise da covid-19, caiu para zero depois de parar no final de março, quando o Governo declarou confinamento nacional. O transporte de mercadorias pode, no entanto, continuar a realizar-se.

Os únicos comboios de passageiros que passavam nos carris eram os especialmente fretados pelas autoridades para trazer à sua região de origem os trabalhadores migrantes presos em grandes cidades.

A Índia iniciou o seu processo de flexibilização do confinamento, mas ainda proíbe o movimento entre estados, bem como voos domésticos e internacionais.

Até ao momento, foram identificadas 2.293 mortes no território, entre os 70.756 casos confirmados de covid-19, mas os casos relatados diariamente aumentaram nos últimos dias.

Na segunda-feira, Modi disse aos líderes estaduais numa videochamada que estes terão uma voz maior na determinação da extensão das restrições e relaxamentos após 17 de maio, e o Governo analisará uma "retirada gradual" do confinamento.

"Temos um duplo desafio: reduzir a taxa de transmissão da doença e aumentar a atividade pública gradualmente", disse Modi.

O primeiro-ministro disse que o esforço agora deve ser o de impedir a propagação da covid-19 nas vastas áreas rurais da Índia e enfatizou que o distanciamento social continua a ser "a maior arma" contra o vírus até que uma vacina seja encontrada.

Especialistas dizem que o segundo país mais populoso do mundo pode não ter um pico na epidemia até junho/julho.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 283 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

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