A Secretaria de Turismo da Cidade do México disse que uma delegação de 590 médicos cubanos estão há várias semanas a trabalhar em hospitais mexicanos, com apoio das autoridades locais.
Mas outras fontes governamentais dizem que esse número pode ser mais elevado, admitindo que estejam espalhados pelo país outros médicos oriundos de Cuba e ajudados por organizações cívicas, que os hospedam em hotéis.
O jornal mexicano Reforma divulgou recentemente um artigo em que contabilizava até 720 médicos de Cuba, apenas na Cidade do México.
"Temos um acordo de colaboração na área da saúde, com Cuba, há muito tempo. Com a pandemia, vários médicos cubanos vieram para a cidade e estão a trabalhar em diversos hospitais", disse Claudia Sheinbaum, presidente da Câmara da Cidade do México.
Embora sem referir números exatos, a autarca lembra que o México tem um défice de profissionais de saúde.
"Estou grata e penso que, nos hospitais, há muito apreço por essa colaboração", disse Sheinbaum.
A colaboração envolve institutos universitários e o próprio Ministério da Saúde do México, que ajudam na logística do programa, que inclui a participação de entidades privadas que fornecem, por exemplo, o alojamento.
O Governo mexicano preparou mesmo legislação específica para acomodar a estada dos médicos cubanos, autorizando a sua contratação "pela duração da emergência sanitária causada pelo novo coronavírus".
"A visita dos especialistas cubanos representa uma amostra da amizade histórica que o México tem com Cuba", reconheceu o Ministério dos Negócios Estrangeiros, num comunicado.
Até este momento, o México registou 38.324 casos de contaminação com covid-19, incluindo 3.926 mortes.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 290 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.