Covid-19: Irão afirma que está próximo do "controlo" da pandemia

O Presidente iraniano, Hassan Rohani, afirmou hoje que o país está próximo do "controlo" da pandemia da covid-19, no dia em que foram anunciados mais de 2.000 novos casos de contágio nas últimas 24 horas.

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Lusa
20/05/2020 13:50 ‧ 20/05/2020 por Lusa

Mundo

Pandemia

O Irão é o país mais atingido do Médio Oriente com 126.949 casos de contaminação e 7.183 mortos, segundo os números oficiais.

"Progredimos em todos os aspetos na luta contra este perigoso vírus (...) e estamos perto de controlar esta doença", disse Rohani durante uma reunião do Governo transmitida pela televisão.

O Irão "poderia mesmo não ter estes problemas" se os protocolos de saúde "fossem mais respeitados em certas províncias atualmente em situação desfavorável", segundo disse.

Pelo menos 24 dos 434 municípios do país ainda estão no vermelho, o risco mais elevado segundo o código de cores utilizado pelas autoridades para classificar as regiões, indicou o vice-ministro da Saúde, Ali Reza Raisi.

Na sua perspetiva, o grupo de trabalho dedicado ao novo coronavírus considerou na terça-feira que 218 municípios apresentavam um nível de risco fraco, mas esse número poderia descer para 183. A maioria das mortes no Irão respeitam a pessoas com mais de 70 anos.

Pelo terceiro dia consecutivo, o porta-voz do ministério da Saúde, Kianouche Jahanpour, anunciou 2.346 novos casos recenseados nas últimas 24 horas, elevando o número total para 126.949.

O mesmo responsável indicou ainda que 98.800 pessoas hospitalizadas já recuperaram e regressaram a suas casas, enquanto 2.673 permanecem em estado crítico.

Jahanpour anunciou 64 novos óbitos, com um balanço total de 7.183 mortos. Não foi registada qualquer morte em um terço das províncias, enquanto que em oito foi registada apenas uma morte.

A província do Khuzistão (sudoeste) permanece uma das mais atingidas mas o resto do país regista "uma relativa estabilidade", precisou.

O número de novos casos está em alta desde 02 de maio, a data em que o Irão anunciou ter atingido o registo mais baixo desde 10 de março.

Segundo Ali Akbar Haghdoost, um responsável do grupo de trabalho, este aumento é devido a um crescente número de testes efetuados entre "as pessoas não hospitalizadas". E acrescentou: "Isto não significa que existam proporcionalmente mais pessoas infetadas".

No estrangeiro, mas também no interior do país, diversos responsáveis suspeitam que o balanço iraniano esteja a ser subestimado, como sucede em muitas outras regiões do mundo atingidas pela pandemia.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 323 mil mortos e infetou quase 4,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,8 milhões de doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (91.938) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,5 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (35.341 mortos, quase 249 mil casos), Itália (32.169 mortos, mais de 226 mil casos), França (28.022 mortos, mais de 180 mil casos) e Espanha (27.778 mortos, mais de 232 mil casos).

A Rússia, com menos mortos do que todos estes países (2.972), é, no entanto, o segundo país do mundo com mais infeções (mais de 308 mil).

Por regiões, a Europa soma mais de 168 mil mortos (mais de 1,9 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá cerca de 98.000 mortos (mais de 1,6 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 32.300 mortos (mais de 575 mil casos), Ásia mais de 12.800 mortos (mais de 384 mil casos), Médio Oriente mais de 8.300 mortos (perto de 300 mil casos), África mais 2.900 mortos (mais de 91.400 casos) e Oceânia com 128 mortos (mais de 8.400 casos).

 

 

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