Comissão eleitoral do Burundi pede paciência no apuramento de resultados

O presidente da Comissão Nacional Eleitoral Independente do Burundi pediu hoje paciência à população na espera pela publicação dos resultados eleitorais da votação de quarta-feira, da qual deverá sair o novo Presidente do país.

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Lusa
21/05/2020 16:13 ‧ 21/05/2020 por Lusa

Mundo

Eleições

 

Dirigindo-se às pessoas "que se impacientam na espera pelos resultados das eleições gerais", incluindo presidenciais, Pierre-Claver Kazihise indicou que após o encerramento das urnas, na quarta-feira à tarde, "houve uma contagem nos locais de voto que já terminou".

Kazihise acrescentou que os resultados das 14.655 urnas distribuídas por 3.807 locais estão agora a ser encaminhados para os centros da comissão eleitoral nas 119 comunas do país.

"Isso leva tempo", disse, explicando que a comissão eleitoral pretende publicar simultaneamente os resultados das eleições presidenciais, legislativas e locais.

A proclamação dos resultados deverá acontecer na segunda ou terça-feira, estimou.

O presidente da comissão eleitoral alertou ainda para a difusão de resultados de alguns locais de voto nas redes sociais.

"Os dados provisórios dos locais de voto não provam nada, são os resultados oficiais proclamados após a contagem ao nível das comunas que devemos comunicar as populações", sublinhou.

Hoje, as redes sociais mais populares no Burundi continuavam inacessíveis, exceto para os utilizadores de redes virtuais privadas (VPN).

As eleições, que decorrem de forma relativamente calma, marcam o fim da presidência de Pierre Nkurunziza.

A sua candidatura controversa a um terceiro mandato em 2015 lançou o país numa grave crise política, que causou pelo menos 1.200 mortos e mais de 400 mil exilados.

As eleições presidenciais, que contaram com sete candidatos, nomeadamente o candidato do partido no poder CNDD-FDD e considerado o delfim do atual chefe de Estado, general Évariste Ndayishimiye, 52 anos, e o líder da oposição e presidente do Conselho Nacional para a Liberdade (CNL), Agathon Rwasa, 56 anos.

O partido de Rwasa denunciou várias detenções de militantes e pressões sobre os seus assessores, bem como fraudes, particularmente nas províncias de Rumonge (sudoeste) e Bujumbura Rural (oeste).

Pierre Nkurikiye, porta-voz do Ministério da Segurança Pública, por seu lado, acusou os membros do CNL de serem responsáveis por "alguns incidentes menores", incluindo "tentativas de fraude".

 

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