"Estamos a trabalhar para podermos recomeçar, todos juntos na Europa, em 15 de junho. Para o turismo, 15 de junho será um pouco como o Dia D europeu", disse o ministro na noite de segunda-feira, num programa da televisão italiana Rai 1.
"A Alemanha aspira a reabrir [o turismo] em 15 de junho" e também "estamos a trabalhar com a Áustria e com outros países", acrescentou Luigi Di Maio.
As declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros coincidem com um apelo lançado hoje pelos presidentes das câmaras baixas dos parlamentos francês e alemão para que as fronteiras sejam reabertas o mais cedo possível.
Atualmente a reabertura das fronteiras na Europa está prevista para meados de junho, mas cada país tem feito os seus próprios anúncios, sem coordenação conjunta, apesar dos pedidos da Comissão Europeia para que haja uma concertação.
Na frente italiana, Luigi Di Maio espera relançar o turismo, dando "indicações semelhantes aos turistas" para todas as regiões.
"Temos de salvar o que pudermos do verão para ajudar os nossos empresários", disse.
Teoricamente, as viagens entre regiões da Itália serão permitidas a partir de 3 de junho, mas uma decisão final é esperada no final da semana, já que o Governo continua preocupado com a situação na Lombardia e no Piemonte, a norte do país, duas regiões que na segunda-feira totalizavam dois terços dos novos casos de contágio de covid-19.
Ainda assim, na segunda-feira à noite, o número de novos casos de contágio tinha aumentado apenas 0,1% a nível nacional, com 300 novos casos em relação ao dia anterior.
Desde o início da pandemia, 32.877 pessoas que contraíram o coronavírus morreram (92 na segunda-feira) de covid-19 em Itália, cerca de metade das quais na Lombardia.
Atualmente, 55.300 pessoas ainda estão infetadas.
Desde que foi detetada na China, em dezembro do ano passado, a pandemia covid-19 já provocou mais de 344 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP.
Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou a ser o que tem mais casos confirmados (cerca de 2,5 milhões, contra mais de dois milhões no continente europeu), embora com menos mortes (mais de 144 mil, contra mais de 172 mil).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.