Sete agentes das forças de segurança afegãs mortos em ataque
Sete membros das forças de segurança afegãs foram mortos hoje num alegado ataque dos talibãs na província de Parwan, próxima de Cabul, informaram as autoridades afegãs, dois dias após o fim de um cessar-fogo decretado pelos rebeldes.
© Reuters
Mundo Cabul
"Os talibãs atacaram um posto de controlo das forças de segurança (...), colocaram fogo" no local onde morreram cinco agentes de segurança e ainda outros dois foram abatidos, disse Hussain Shah, chefe da polícia do distrito de Seyagird, onde ocorreu o ataque.
Outro membro das forças afegãs ficou ferido, sendo que o grupo rebelde também sofreu baixas, disse Waheeda Shahkar, porta-voz do governador da província.
Os talibãs não confirmaram o seu envolvimento neste ataque, que ocorre dois dias após expirar um cessar-fogo decretado no sábado para marcar o fim do Ramadão, e que havia sido amplamente respeitado entre domingo e terça-feira.
De acordo com a Comissão Independente de Direitos Humanos do Afeganistão, as vítimas civis caíram 80% durante o cessar-fogo, de uma média de 30 para seis mortos e feridos por dia.
Depois de quase quatro dias de descanso, no entanto, o exército afegão realizou ataques aéreos e um ataque no solo contra "inimigos" que atacaram um comboio de logística na província de Zabul (sul), segundo o porta-voz da polícia da provincial, Mohammad Amiri.
Cerca de 18 insurgentes morreram e três crianças ficaram feridas, acrescentou.
As autoridades afegãs libertaram mil prisioneiros talibãs entre segunda e terça-feira, na esperança de conseguir um cessar-fogo prolongado. Mas os rebeldes ainda não anunciaram oficialmente a sua posição sobre o assunto.
O seu porta-voz, Suhail Shaheen, disse, no entanto, que os insurgentes libertariam "em breve" um número significativo de prisioneiros".
Essas libertações recíprocas de prisioneiros - até 5.000 talibãs contra 1.000 membros das forças afegãs - estão previstas no acordo entre os Estados Unidos e os talibãs assinado no final de fevereiro em Doha, mas não ratificadas por Cabul, que prevê a retirada de tropas estrangeiras do Afeganistão em catorze meses em troca de garantias de segurança dos insurgentes.
Essa vasta troca de reclusos, entremeada por obstáculos, ficou para trás. Cabul, antes do cessar-fogo, libertou cerca de 1.000 detidos, enquanto os insurgentes libertaram cerca de 300.
Este foi o primeiro cessar-fogo iniciado pelos talibãs desde que uma coligação internacional liderada pelos Estados Unidos os expulsou do poder em 2001.
Uma primeira interrupção dos combates ocorreu em junho de 2018, por iniciativa do Presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, já por ocasião de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadão. Durou três dias e deu origem a cenas de confraternização entre combatentes dos dois campos.
Os talibãs também respeitaram uma trégua parcial de nove dias, de 22 de fevereiro a 02 de março de 2020, na ocasião da assinatura do acordo de Doha.
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