Serão conhecidos na segunda-feira, 1 de junho, os resultados de uma autópsia secundária a George Floyd, o afro-americano, de 46 anos de idade, que morreu na sequência de uma detenção, enquanto estava desarmado, no passado dia 25 de maio - e que espoletou uma nova onda de tensão social entre forças de autoridade e comunidades afro-americanas.
A família requereu uma autópsia numa entidade privada por não aceitar os resultados da primeira avaliação, constantes no relatório preliminar do médico legista do condado de Hennepin, em Minneapolis, onde se lê que "não há evidência físicas que suportem um diagnóstico de asfixia ou estrangulamento".
O relatório indica, ainda, que a morte de Floyd terá sido resultado da combinação de condições de saúde preexistentes, "incluindo doença coronária e hipertensão", do seu estado de embriaguez e da técnica de imobilização praticada pela polícia, que se determinou ser "perigosa" e desadequada para aquela situação.
"Rejeitamos esta noção, do médico legista de Minneapolis, de que o joelho do agente de autoridade no pescoço de George por quase nove minutos não foi a causa de morte", lê-se num comunicado emitido pelo advogado da família, este domingo.
.@AttorneyCrump's statement to CBS: “The family and I reject this notion from the Minneapolis Medical Examiner that the knee from the police officer on George’s neck for almost nine minutes was not the proximate cause of his death.” https://t.co/bavdMlbKsK
— Richard Escobedo (@RichardEscobedo) May 31, 2020
Estas conclusões, porém, fazem agora parte da queixa criminal interposta na sexta-feira contra o ex-agente da polícia Derek Chauvin, detido depois de ser acusado de dois crimes: homicídio em terceiro grau e homicídio involuntário.
Chauvin, diz o mesmo relatório, manteve o seu joelho no pescoço de Floyd durante 8 minutos e 46 segundos e os vídeos analisados pelas autoridades mostram que a vítima ficou sem sentidos nos últimos dois minutos e 53 segundos.