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George Floyd. Em algumas cidades, a polícia juntou-se aos protestos

São já vários dias de conflito entre autoridades e manifestantes, mas não em todo o lado. Há cidades onde a polícia se juntou à comunidade, na defesa do fim da violência policial.

George Floyd. Em algumas cidades, a polícia juntou-se aos protestos
Notícias ao Minuto

10:58 - 01/06/20 por Notícias Ao Minuto

Mundo Violência policial

George Floyd morreu na segunda-feira, 25 de maio, e as consequências da sua morte sentiram-se ainda este domingo, dia 31, com a escalada dos protestos para pilhagens e violência já no quinto dia consecutivo em várias cidades norte-americanas.

Esta escalada poderá ser, em parte, explicada pela resposta das forças policiais às manifestações iniciais, circulando imagens de agentes com bastões, gás lacrimogéneo ou balas de borracha contra as multidões.

Porém, este fim de semana, alguns departamentos de polícia optaram por se juntar às suas comunidades, no apelo por uma sociedade com menos violência e para mostrar solidariedade para com o movimento anti-racista.

Na imagem que ilustra a peça, por exemplo, podem ver-se agentes da polícia de Coral Gables, no estado da Flórida, este sábado, a ajoelhar-se, num gesto simbólico contra a violência policial que foi popularizado há quatro anos pelo atleta Colin Kaepernick antes de um jogo e que se tornou num movimento (Kaepernick, sublinhe-se, foi elogiado, mas também sofreu severas consequências pelo seu ato pacífico, perdendo até o contrato com o clube).

Notícias ao MinutoAgentes de autoridade juntam-se às manifestações, na Flórida© Getty Images

No Michigan, o xerife do condado de Genesee, Chris Swanson, também se juntou aos manifestantes, este domingo, em Flint. "Queremos estar convosco, a sério. Tirei o meu capacete, baixei o meu bastão. Quero que isto seja uma marcha, não um protesto", disse, de acordo com a NBCNews.

Em Camden, na Nova Jérsia, os agentes carregaram um cartaz onde se lia "Estamos Solidários" e cantavam com a multidão, enquanto a marcha avançava.

Em Santa Cruz, na Califórnia, Andy Mills, o chefe da polícia, ajoelhou-se com os manifestantes. O seu departamento fez uma publicação no Twitter, com uma imagem do momento, "em memória de George Floyd e chamando a atenção para a violência policial contra pessoas negras".

Em Kansas City, no Missouri, dois agentes da polícia, um caucasiano e um afro-americano, são fotografados com um cartaz onde se lê "acabem com a violência policial".

Em Fargo, na Carolina do Norte, uma agente é fotografado de mãos dadas com a comunidade, erguendo um cartaz onde se lê: "Somos uma única raça... a raça HUMANA".

Ainda que tenham existido estas demonstrações de solidariedade, o domingo continuou marcado pela tensões sociais. Cerca de mil manifestantes concentraram-se em frente à residência do presidente dos Estados Unidos, gritando palavras de ordem e ateando fogos, numa altura em que Washington regista confrontos violentos noutras partes da cidade.

Os protestos em frente à Casa Branca vão no terceiro dia consecutivo e já tinham levado Donald Trump a recolher ao 'bunker' da residência na sexta-feira, segundo a agência de notícias Associated Press (AP).

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