Um novo relatório do médico legista do condado de Hennepin, em Minneapolis, considerou a morte de George Floyd um homicídio, refere a Associated Press. O médico legista referiu no relatório que o coração de Floyd parou quando estava a ser imobilizado pela polícia e com um dos agentes, Derek Chauvin, a pressionar o seu pescoço.
O novo relatório aponta ainda como "outras condições significativas" o facto de George Floyd sofrer de uma doença cardíaca e de hipertensão e de ter consumido recentemente metanfetaminas e fentanil.
O relatório do médico legista do condado de Hennepin enfatiza que as suas conclusões "não são uma determinação legal de culpa ou de intenção".
Este novo relatório do condado de Hennepin contradiz as conclusões do relatório preliminar divulgado na semana passada, que excluía a asfixia e o estrangulamento como causas da morte.
Esta segunda-feira os advogados da família de George Floyd anunciaram os resultados de uma autópsia independente que também apontava que a morte de Floyd era um homicídio.
Depois de ser detido por alegadamente ter falsificado uma nota de 20 dólares (cerca de 18 euros), George Floyd foi imobilizado por três agentes da polícia de Minneapolis. Derek Chauvin pressionou o pescoço de George Floyd durante quase nove minutos, mesmo após Floyd dizer-lhe que não conseguia respirar.
Estes três agentes e um quarto que também esteve envolvido na detenção foram despedidos. Derek Chauvin foi detido e acusado de homicídio em terceiro grau e homicídio involuntário.
A morte de George Floyd na sequência de mais um episódio de violência policial, perpetrado por agentes da polícia brancos a um cidadão negro, gerou uma onda de protestos, inicialmente em Minneapolis, mas que depressa se espalharam a várias cidades norte-americanas.
[Notícia atualizada às 23h54]