O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) vai enviar ao parlamento um projeto-lei que "prevê a realização de eleições gerais em 6 de setembro", declarou a propósito deste escrutínio previsto inicialmente para 3 de maio para tentar uma saída para a crise política no país sul-americano.
A Bolívia é dirigida há vários meses por Jeanine Añez, uma senadora de direita que ocupou a Presidência interina após a demissão em novembro de 2019 do Presidente socialista Evo Morales, desde então exilado na Argentina.
O Movimento para o Socialismo (MAS) de Evo Morales dispõe de uma larga maioria em cada uma das câmaras do parlamento.
No poder desde 2006, o antigo Presidente socialista proclamou-se vencedor do escrutínio presidencial de 20 de outubro para um quarto mandato, mas a oposição denunciou uma fraude eleitoral.
Após semanas de manifestações, e abandonado pela polícia e pelos militares, demitiu-se em 10 de novembro e deixou a Bolívia após denunciar um golpe de Estado e considerar que a sua vida corria perigo.
O país andino de 11,5 milhões de habitantes registou oficialmente até ao momento mais de 10.000 casos de contaminação pela covid-19 e mais de 300 mortes, números que estão em crescendo.
A atividade económica foi retomada progressivamente desde segunda-feira nas principais cidades bolivianas.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 375 mil mortos e infetou mais de 6,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,6 milhões de doentes foram considerados curados.