O homem de 43 anos, que não foi identificado, tem nacionalidade alemã e está atualmente a cumprir pena de prisão na Alemanha por um crime também não revelado pela Metropolitan Police, que considera esta a principal linha de investigação neste caso.
O homem, branco, é descrito como sendo na altura magro, com 1,8 metros de altura e com cabelo louro curto, e terá vivido entre o Algarve e Alemanha entre 1995 e 2007, nomeadamente na zona da Praia da Luz e arredores.
No apelo público divulgado hoje, a polícia britânica identifica dois veículos que terão sido usados pelo suspeito, nomeadamente uma carrinha caravana Volkswagen T3 Westfalia do início dos anos 1980, branca com uma risca amarela na parte de baixo e com matrícula portuguesa.
O homem alemão terá vivido na carrinha entre pelo menos abril e maio de 2007 e a polícia espera receber informações de pessoas que tenham visto este veículo na zona da Praia da Luz antes ou depois de 03 de maio, quando a criança inglesa desapareceu.
Um segundo veículo, um Jaguar XJR 6 de matrícula alemã, terá sido também usado pelo suspeito, mas no dia 04 de maio o registo de propriedade foi transferido para outra pessoa na Alemanha, apesar de as autoridades britânicas acreditarem que na altura o carro ainda estava em Portugal.
Os dois veículos estão atualmente na posse das autoridades alemãs, que estão a colaborar na investigação, tal como a Polícia Judiciária, que tem jurisdição sobre o território português.
A polícia britânica identificou também dois números de telemóvel, um dos quais usado pelo suspeito no dia do desaparecimento para receber uma chamada entre as 19:32 e as 20:02 na zona da Praia da Luz.Um segundo número foi identificado como tendo iniciado a chamada e, embora a pessoa não estivesse na Praia da Luz, os investigadores acreditam que possa ser uma testemunha importante.A polícia britânica considera este telefonema importante porque aconteceu cerca de uma hora antes de quando se estima ter acontecido o desaparecimento e estão a pedir às pessoas para verificarem se os usaram, se os reconhecem ou se os têm registados nos seus contactos.
As autoridades britânicas mantêm uma recompensa de 20 mil libras (22,4 mil euro) para a informação que resulte na condenação da pessoa ou pessoas responsáveis pelo desaparecimento.
"Embora este homem seja suspeito, mantemos uma mente aberta quanto ao seu envolvimento e esta continua sendo uma investigação sobre pessoas desaparecidas. O nosso trabalho como detetives é seguir as pistas, manter a mente aberta e estabelecer o que aconteceu naquele dia em maio de 2007", disse hoje o responsável pela investigação, o Inspetor Chefe Mark Cranwell.
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 03 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve.
A polícia britânica começou por formar uma equipa em 2011 para rever toda a informação disponível, abrindo um inquérito formal no ano seguinte, tendo até agora despendido perto de 12 milhões de libras (14 milhões de euros).
A Polícia Judiciária (PJ) reabriu a investigação em 2013, depois de o caso ter sido arquivado pela Procuradoria Geral da República em 2008, ilibando os três arguidos, os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, e um outro britânico, Robert Murat.