George Floyd foi morto pela "pandemia do racismo e da discriminação"
George Floyd foi morto pela "pandemia do racismo e da discriminação", declarou hoje o advogado da família do afro-americano que morreu a 25 de maio sob custódia da polícia.
© Reuters
Mundo Advogado
"Não foi a pandemia do novo coronavírus que matou George Floyd (...) foi a pandemia, muito familiar nos Estados Unidos, do racismo e da discriminação que matou George Floyd", afirmou Ben Crump, que falava numa cerimónia de homenagem que hoje se realizou em Minneapolis, no Estado norte-americano do Minnesota.
Em Nova Iorque, numa cerimónia idêntica à de Minneapolis, o irmão da vítima, Terrence Floyd, mostrou-se grato e emocionado por uma multidão se ter juntado e gritado "Não Estás Sozinho" em memória de George Floyd.
"Agradeço a Deus por todos vocês mostrarem amor pelo meu irmão. Estou orgulhoso pelos protestos, mas não pela violência. O meu irmão não defendia isso", disse Terrence Floyd, devolvendo à multidão a frase "Poder para o Povo" ("Power to the People").
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de a vítima dizer que não conseguia respirar.
Desde a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
Pelo menos 9.000 mil pessoas foram detidas e o recolher obrigatório foi imposto em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque.
Os quatro polícias envolvidos no incidente foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que colocou o joelho no pescoço de Floyd, foi detido, acusado de homicídio em segundo grau e de homicídio involuntário. Os três restantes agentes da polícia foram acusados de cumplicidade.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja.
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