Polícia do Zimbabué prende dirigentes do principal partido da oposição
A polícia do Zimbabué prendeu hoje vários dirigentes do principal partido da oposição, que queriam desalojar uma fação rival que ocupa a sede do movimento, na capital do país, Harare.
© Reuters
Mundo MDC
O Movimento para a Mudança Democrática (MDC) tem estado dividido desde a morte do seu fundador, Morgan Tsvangirai, há dois anos.
Estas clivagens internas foram reavivadas em março deste ano, quando o Supremo Tribunal do Zimbabué decidiu que o líder do MDC desde a morte de Tsvangirai, Nelson Chamisa, tinha sido ilegalmente nomeado.
A maioria dos membros do partido mantém a sua confiança em Nelson Chamisa, mas os seus rivais nomearam um dos seus para ser líder interino do MDC.
Esta fação ocupou a sede do MDC, em Harare, na quinta-feira à noite.
Hoje, ativistas fiéis a Nelson Chamisa, liderados pelo antigo ministro das Finanças, Tendai Biti, tentaram entrar na sede do partido, mas foram impedidos de o fazer pelas forças de segurança.
Tendai Biti e cinco outros quadros do MDC foram detidos e levados para a esquadra central de Harare, constataram jornalistas da agência de notícias francesa, AFP.
"Como pode um governo intervir nos assuntos de uma organização privada?", disse o ex-ministro, indignado, antes de ser levado para um camião da polícia.
Tendai Biti também acusou o Presidente, Emmerson Mnangagwa, de estar a apoiar a fação rival de Nelson Chamisa. "Que vergonha para ti, Mnangagwa!" disse.
Nelson Chamisa foi o candidato do MDC às eleições presidenciais de 2018, ganhas por Mnangagwa. A oposição nunca reconheceu esta vitória, que considerou que as eleições foram manchadas por múltiplas fraudes.
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