EUA e Rússia vão começar a discutir controlo de armamento este mês
Os EUA e a Federação Russa concordaram em iniciar negociações sobre o controlo de armas este mês, quando o único tratado que permanece entre as duas maiores potências nucleares deve expirar em menos de um ano.
© iStock
Mundo Armamento
A informação foi revelada hoje pelo enviado de Donald Trump para o controlo de armamento, Marshall Billingslea.
A Federação Russa propôs a extensão da duração do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START, na sigla em inglês), que expira em fevereiro, mas Trump quer ver um acordo tripartido que inclua a China.
Pequim, que está a expandir o seu arsenal nuclear, o qual ainda está longe da dimensão dos outros dois, tem expressado pouco ou nenhum interesse em negociar ou assinar um pacto.
"Hoje concordei com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo Ryabkov, sobre o tempo e o lugar para negociações em junho. A China foi convidada. Será que a China vai aparecer e negociar em boa-fé?", escreveu Billingslea, na rede social Twitter.
Um dirigente sénior do governo norte-americano disse, sob anonimato, por não estar autorizado a falar sobre o assunto em público, que as negociações deveriam começar em 22 de junho.
Dirigentes russos e vários peritos em controlo de armamento concordam que a China, enquanto poder ascendente, deveria fazer parte de um acordo sobre armas nucleares.
Porém, também consideram que o existente deve ser prolongado, porque não acreditam que haja tempo suficiente para negociar um novo acordo, especialmente um que inclua a China pela primeira vez.
Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, disse em janeiro que a China "não tem intenção de participar" em negociações trilaterais para o controlo de armas.
O Novo START impõe limites a norte-americanos e russos no número de lançadores e nas ogivas nucleares de longo alcance.
Se colapsar, será a primeira vez em 50 anos que os EUA ficam incapazes de inspecionar as forças nucleares russas, realçou Rose Gottemoeller, uma antiga subsecretária de Estado para o controlo de armamento e segurança internacional.
O Presidente russo, Vladimir Putin, apresentou recentemente a política de dissuasão nuclear, que lhe permite usar armas nucleares em resposta a ataques convencionais dirigidos a infraestruturas críticas, militares e governamentais.
O novo documento está em linha com a doutrina militar russa e reafirma que o Presidente pode ordenar retaliação nuclear em resposta a um ataque nuclear ou agressão envolvendo "ameaças à própria existência do Estado".
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com