Ataque 'jihadista' em localidade do nordeste da Nigéria causa 59 mortos

Combatentes 'jihadistas' na África Ocidental mataram hoje 59 pessoas num ataque a uma vila de criadores de gado no nordeste da Nigéria, anunciaram representantes de milícias e um responsável local.

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© Reuters

Lusa
09/06/2020 23:23 ‧ 09/06/2020 por Lusa

Mundo

Nigéria

O ataque do grupo 'jihadista' Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP) à vila de Felo, no distrito de Gubio (Estado de Borno) aconteceu cerca das 14:00 TMG (15:00 em Lisboa) e causou a morte a 59 moradores, segundo explicou o chefe da milícia anti-'jihadista', Babakura Kolo.

O número de mortes foi confirmado por outro miliciano e por um responsável local, segundo noticia a agência AFP.

"Foram encontrados 59 corpos durante o ataque", realçou Babakura Kolo, explicando que "alguns foram baleados e outros foram atropelados" por veículos dos 'jihadistas'.

O ataque foi uma retaliação pelo assassínio de combatentes 'jihadistas' pela milícia local de defesa pessoal que protegeu o gado da vila de roubos, sublinhou um responsável da cidade à AFP.

"Perdemos 59 entes queridos em tão pouco tempo", destacou a mesma fonte, que não se quis identificar.

O roubo recorrente de gado levou os moradores a formar uma milícia para proteger a sua aldeia, explicou outro miliciano, Ibrahim Liman, que confirmou o mesmo número de vítimas.

Os milicianos "perseguiram os insurgentes" até ao mato, matando alguns deles após uma troca de tiros, adiantou Ibrahim Liman.

A região de Gubio, localizada a 80 quilómetros da capital regional Maiduguri, tem sido repetidamente alvo de ataques 'jihadistas' do ISWAP.

Como resposta, mais de 100 milicianos e caçadores foram enviados pelas autoridades locais para protegerem a localidade e os arredores destes ataques.

O ISWAP é uma fação dissidente do Boko Haram, que se separou em 2016 e que aumentou o número de ataques mortais contra o exército nigeriano nos últimos dois anos.

Mas, nos últimos meses, os ataques contra civis atribuídos ao ISWAP também aumentaram.

A insurgência 'jihadista' já causou 36 mil mortes e mais de dois milhões de deslocados desde 2009.

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