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Grupo Estado Islâmico diz ter matado 200 militantes da Al-Qaida no Sahel

O grupo 'jihadista' autointitulado Estado Islâmico (EI) afirmou que, durante as últimas semanas, matou 200 combatentes do ramo da Al-Qaida no Mali em vários confrontos no Sahel e na África Subsaariana.

Grupo Estado Islâmico diz ter matado 200 militantes da Al-Qaida no Sahel
Notícias ao Minuto

20:37 - 12/06/20 por Lusa

Mundo Al-Qaida

De acordo com o semanário Al Nabae, difundido na noite de quinta-feira e citado pela agência noticiosa Efe, o Estado Islâmico refere que um quarto das mortes foi registado em Bila, região de Sikasso, no sul do Mali, num atentado com um carro armadilhado.

O documento não especifica a data dos acontecimentos, mas aponta que os combatentes do ramo local da Al-Qaida -- Nustrat al Islam ual Muslimin -- estavam a preparar uma ofensiva contra as posições do grupo Estado Islâmico na região.

Da mesma forma, o EI refere que foram mortos outros sete membros da Al-Qaida na fronteira entre Burkina Faso e Gana.

A mesma nota diz que alguns dos combates tiveram lugar em várias partes do Burkina Faso, país para onde a Al-Qaida enviou um reforço dos combatentes tuaregues para apoiar as suas tropas.

Na revista, o EI acusou a Al-Qaida de ter "alianças suspeitas" com governos da região de modo a mobilizar um número maior de combatentes.

Em 29 de abril, a Efe acedeu a uma mensagem de áudio do número dois do EI no Mali, Abdelhakim al Sahraui, enviada a Amadou Koufa, um dos líderes do Nusrat al Islam ual Muslimin.

Na mensagem, Al Sahraui refere pediu a Koufa uma compensação financeira pela morte de dois militantes do EI às mãos da Al-Qaida em Mopti, centro do Mali, assim como a libertação dos membros capturados.

"O confronto entre nós levará à morte de centenas de combatentes (...), irá tornar-se num conflito tribal dentro do grupo étnico fula. Tenham medo de Alá e evitem esta guerra", disse Al-Sahraui na mensagem citada pela Efe.

O conflito entre os dois grupos assenta em razões ideológico-religiosas, com o Estado Islâmico a ter uma interpretação radical dos textos religiosos, considerando que os membros da Al-Qaida representam um grupo de revisionistas ou mesmo apóstatas

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