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Negada fiança a ativistas de Zimbabué acusadas de mentir sobre agressões

As três ativistas do Zimbabué acusadas de falso testemunho após terem denunciado agressões sexuais viram hoje ser-lhes negada fiança com base em novas acusações de que terão mentido sobre o que passaram.

Negada fiança a ativistas de Zimbabué acusadas de mentir sobre agressões
Notícias ao Minuto

15:56 - 15/06/20 por Lusa

Mundo Agressão sexual

As três mulheres foram hoje presentes ao juiz, que recusou a sua libertação sob pagamento de fiança, tendo sido devolvidas à prisão de segurança máxima de Chikurubi, onde são mantidos alguns dos piores criminosos do país e famosa pelas más condições de detenção.

O procurador zimbabueano Charles Muchemwa opôs-se a uma fiança deste grupo, alegando que as ativistas aproveitariam a oportunidade para fugir do país com a ajuda das embaixadas de outras nações antes de o caso poder estar concluído, tendo merecido a concordância do tribunal.

O advogado das ativistas, Alex Muchadehama, da organização Zimbabwe Lawyers for Human Rights (Advogados do Zimababúe pelos Direitos Humanos), adiantou que irá recorrer da decisão.

Muchadehama acusou ainda as autoridades prisionais de terem feito as três mulheres passar fome, não tendo autorizado que familiares ou amigos lhe levassem comida à prisão, conhecida pela escassez de alimentos.

As três mulheres, que enfrentam uma pena de prisão que pode ir até 20 anos, tinham sido acusadas por violarem o isolamento decretado para mitigar a propagação da pandemia de covid-19.

As ativistas são agora acusadas também de prestarem declarações falsas às autoridades "alegando que tinham sido injustamente detidas ou raptadas por desconhecidos que disseram que eram polícias".

Na acusação consta também a incitação à violência através das declarações que prestaram.

As mulheres alegam que, após terem sido detidas em maio por terem organizado um comício, a polícia permitiu que fossem levadas para fora da esquadra por homens não identificados que as espancaram e violaram.

As mulheres estiveram desaparecidas durante quase 48 horas antes de serem largadas numa estrada perto de Bindura, cerca de 90 quilómetros (56 milhas) a nordeste de Harare.

Enquanto eram tratadas num hospital pelos seus ferimentos, as três foram acusadas de violar os regulamentos de encerramento ao participarem no protesto.

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