Janet Mendez, de 33 anos de idade, foi uma “história de sobrevivência” para os meios norte-americanos. Esteve às portas da morte durante três semanas no hospital Mount Sinai Morningside, em Nova Iorque, mas conseguiu recuperar e acabou por ter alta, em abril.
Foi nesse mesmo mês, ainda sem conseguir andar, que teve oportunidade de ver os aspetos negativos da ausência de um sistema de saúde público. Primeiro, veio uma conta de mais de 31 mil dólares (27 mil euros). Depois, veio outra de mais de 401 mil dólares (356 mil euros).
É certo que esta trazia a ressalva de que a dívida seria reduzida em 326 mil dólares (289 mil euros), um “subsídio de assistência financeira”, mas restam ainda mais de 75 mil dólares (66 mil euros) para pagar.
Mendez diz que pensou logo que não teria como pagar esse dinheiro, uma vez que ainda não está a trabalhar. Ainda que mantenha a esperança de que o seu seguro de saúde ajude a cobrir parte das despesas, não se livrou de receber várias chamadas do hospital, a exigir pagamento.
Janet Mendez, quando teve alta do hospital© Reprodução
Depois de contactado pelo New York Times, um porta-voz da instituição de saúde indicou que a conta foi enviada por engano a Janet Mendez, quando deveria ter sido enviada para a seguradora ou para o gabinete do ministério da saúde norte-americano. Sublinhe-se que é suposto os pacientes de Covid-19 serem isentos do pagamento dos cuidados de saúde.