"Todos os casos reportados hoje são de cidadãos moçambicanos", disse Rosa Marlene, na atualização de dados sobre a pandemia no Ministério da Saúde, em Maputo.
Do total de casos registados hoje, dois são da província de Niassa e dois da cidade de Maputo.
Os quatro novos doentes, um dos quais menor de cinco anos, encontram-se em isolamento domiciliar e "decorre o processo de identificação de possíveis contactos", acrescentou a diretora nacional de Saúde Pública.
Do total de 737 casos registados em Moçambique, 667 são de transmissão local e 70 são importados, havendo registo de cinco mortos e nove internados.
"Todos os internados apresentam sintomatologia leve a moderada e boa evolução clínica", avançou Rosa Marlene.
O Ministério da Saúde indicou ainda que 181 pessoas estão recuperadas.
Do total de 550 casos ativos, a província de Nampula lidera com o maior número de infeções, com 218 casos, seguida de Cabo Delgado, com 125, estando os restantes distribuídos entre as outras províncias.
Desde o anúncio do primeiro caso em Moçambique, em 22 de março, foram feitos 24.348 testes e foram submetidas a quarentena cerca de 19 mil pessoas das mais de um milhão rastreadas.
Um total de 2.520 continuam a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde moçambicanas.
Moçambique vive em estado de emergência desde 01 de abril, prorrogado por duas vezes até 29 de junho.
Estão em vigor várias restrições: todas as escolas estão encerradas, espaços de diversão e lazer também estão fechados, estão proibidos todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se à população que fique em casa, se não tiver motivos essenciais para tratar.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 468 mil mortos e infetou quase 9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.