Egipto pede apoio para travar Irmandade Muçulmana
O Governo do Egipto pediu hoje aos Estados árabes para aplicarem um tratado antiterrorismo que irá incapacitar a Irmandade Muçulmana de reunir apoios na região, após a designação do movimento islamita como "grupo terrorista".
© Reuters
Mundo Tratados
A diplomacia egípcia pretende que os Estados árabes apliquem um tratado assinado em 1998 que permitirá travar a ajuda e o financiamento do movimento que apoia o presidente islamita deposto Mohamed Morsi, destituído pelo exército em julho.
Os Estados signatários deste tratado também terão a obrigação de extraditar membros do movimento islamita procurados pelas autoridades do Cairo.
Na quarta-feira passada, dia 25 de dezembro, o Governo egípcio, designado pelo exército, declarou a Irmandade Muçulmana como "grupo terrorista", acusando o movimento, entre outros atos, de um atentado contra as instalações da polícia em Mansura que fez 16 mortos e 130 feridos.
As autoridades egípcias também proibiram qualquer tipo de manifestações do movimento islamita.
A Irmandade Muçulmana, criada em 1928 no Egito, está atualmente presente na maioria dos países árabes.
Depois da revolta popular de 2011, que derrubou o regime do Presidente Hosni Mubarak, que governou o Egito durante 30 anos, o movimento islamita ganhou todas as eleições realizadas no país.
A Liga Árabe anunciou hoje ter informado os países-membros da organização da decisão das autoridades egípcias de declararem a Irmandade Muçulmana como "grupo terrorista".
Segundo um dos responsáveis da Liga Árabe, 18 dos 22 membros da organização ratificaram o tratado de antiterrorismo.
"É da responsabilidade dos signatários aplicarem o tratado", afirmou, em declarações à agência francesa AFP, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio, Badr Abdelatty.
Morsi e outros dirigentes do movimento islamita estão atualmente detidos e a ser julgados pela justiça egípcia.
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