ONU deteta níveis mais elevados de radiação no norte da Europa
Dois organismos das Nações Unidas detetaram no noroeste da Europa níveis mais elevados de radioisótopos do que o habitual, cuja origem poderá ser uma central nuclear na região do Báltico, embora assegurem não representarem qualquer risco.
© Reuters
Mundo AIEA
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) indicou hoje em Viena que, segundo a informação recebida de 47 países, "a concentração das partículas no ar é muito baixa e não representa um risco para a saúde humana ou para o meio ambiente".
A AIEA refere que aqueles níveis de radioisótopos, ligeiramente acima dos habituais, têm provavelmente origem num reator nuclear em funcionamento ou manutenção.
O organismo disse que a origem geográfica da emissão "ainda não foi determinada", mas excluiu que a fuga se deva a manipulação inadequada de material nuclear e não pensa que tenha origem numa fábrica de processamento de combustível, num reservatório de combustível nuclear usado ou em instalações médicas.
A Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO na sigla em inglês) tinha informado no domingo que uma das suas estações de medição na Suécia tinha detetado níveis anormais de isótopos radiativos de ruténio e césio. Localizou a possível origem da fuga numa ampla região à volta do Báltico.
Um total de 29 países europeus, incluindo todos os localizados naquela área, exceto a Rússia e a Bielorrússia, informaram a AIEA na segunda-feira seguinte que não tinham registado incidentes que pudessem explicar as medições.
A Rússia e outros sete países juntaram-se depois à lista dos que deram informação, além de outros 10 Estados da Ásia, África e América aos quais a AIEA não tinha pedido dados.
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