"Não faremos um eventual novo confinamento como fizemos em março", explicou Castex numa entrevista ao canal BFM TV.
"O confinamento total tem consequências terríveis, humanas e económicas. Portanto, teremos de direcionar" as medidas de contenção, disse o primeiro-ministro, referindo-se a uma eventual segunda vaga da epidemia e para a qual é aconselhável "preparar-se".
"Não suportaríamos economicamente e socialmente um confinamento total e generalizado como o que já vivemos", insistiu.
Jean Castex disse que iria no domingo para a Guiana, o departamento francês que faz fronteira com o Brasil e que foi particularmente afetado pela epidemia do novo coronavírus, que causa a doença covid-19.
"Eu vou para a Guiana no domingo. Na Guiana, as coisas estão a correr mal", reconheceu o chefe de Governo francês.
Segundo Castex, mais de 130 reservistas médicos já foram enviados como reforço para a Guiana e estão "operacionais nas várias estruturas médicas" do país.
Em França, mais de 168 mil pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus e, entre estas, quase 30 mil perderam a vida, sendo que outras 77 mil já recuperaram da doença.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 539 mil mortos e infetou mais de 11,69 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.