Os detidos poderão ser sujeitos a uma libertação antecipada até ao fim de agosto, juntando-se assim aos 10.000 presos já libertados desde o início da crise sanitária, precisou na sexta-feira o departamento californiano responsável pela administração penitenciária.
"Estas iniciativas visam garantir a saúde e a segurança da população prisional e do pessoal", declarou em comunicado o diretor do departamento, Ralph Diaz.
Este anúncio, saudado pelos defensores de uma reforma das prisões, seguiu-se a um aumento de casos de covid-19 numa das mais antigas prisões californianas, San Quentin, onde mais de mil pessoas apresentaram resultados positivos nos testes ao novo coronavírus.
"Esta é uma das nossas maiores preocupações neste momento", afirmou no final de junho o governador Gavin Newsom, sublinhando que 42% dos detidos nesta prisão situada perto de São Francisco são considerados "clinicamente frágeis".
Os casos de infeção na prisão de San Quentin constituem quase metade dos registados nas prisões do estado, onde estão encarceradas, no total, cerca de 113.000 pessoas.
Os presos que serão libertados, e cumprem pena em San Quentin, serão submetidos a um teste para a doença da covid-19 durante a semana que antecede a colocação em liberdade, de acordo com o comunicado divulgado na sexta-feira.
A Califórnia, o mais povoado estado americano, com cerca de 40 milhões de habitantes, confirmou mais de 300.000 casos de infeções e mais de 6.800 mortes.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 556.000 mortos e infetou mais de 12,36 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.