EUA ameaçam com novas sanções a parceiros do gasoduto Nord Stream 2
Os Estados Unidos garantiram hoje que vão impor novas sanções aos parceiros do projeto do gasoduto Nord Stream 2, desenvolvido entre a Rússia e a Alemanha e que conta com o apoio da União Europeia (UE).
© Reuters
Mundo Nord Stream 2
"O que esperamos é que aqueles que participam neste projeto estejam sujeitos a uma revisão para possíveis sanções", afirmou o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, numa conferência de imprensa, em Washington.
Em fins de dezembro de 2019, o Presidente norte-americano, Donald Trump, promulgou uma lei que impõe sanções às empresas associadas à construção do Nord Stream 2, considerando que a obra vai aumentar a dependência dos europeus ao gás russo, permitindo o fortalecimento da influência de Moscovo.
As sanções foram então fortemente criticadas pela Alemanha, a principal beneficiária do Nord Stream 2, e pela União Europeia (UE), que denunciou o que considerou ser uma "ingerência" norte-americana nos assuntos europeus.
Pompeo argumentou hoje que o projeto do gasoduto se enquadra numa lei aprovada em 2017 pelo Congresso norte-americano, quase por unanimidade, destinada a "combater os adversários da América por meio de sanções".
"Juntamos hoje a nossa voz à dos europeus que se preocupam com a agressão russa", disse, por seu lado, o diplomata Chris Robinson, encarregado do dossiê Rússia no Departamento de Estado norte-americano.
A construção do gasoduto Nord Stream 2, que custou até agora cerca de 9.500 milhões de euros, é financiado em metade pelo gigante petrolífero russo Gazprom e a restante metade por empresas europeias: as alemãs Wintershall e Uniper e a anglo-holandesa Shell, a francesa Engie e a austríaca OMV.
Quase terminado, o novo gasoduto, de cerca de 1.200 quilómetros, deverá permitir aumentar para o dobro as entregas diretas de gás natural russo à Europa Ocidental, passando sob o Mar Báltico antes de chegar à Alemanha.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse esperar que o gasoduto esteja concluído o mais tardar até ao início de 2021, o que representa um atraso de cerca de um ano.
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