Arotile, 25 anos, morreu na sequência de um ferimento na cabeça que sofreu num acidente de viação dentro de uma base militar, na cidade de Kaduna (Nigéria centro-norte), de acordo com uma declaração do porta-voz da Força Aérea, Ibikunle Daramola.
Em 2017, Tolulope Arotile conquistou a admiração dos seus compatriotas ao tornar-se, aos 22 anos, a primeira mulher piloto em 55 anos de história da Força Aérea.
Como piloto participou em missões contra o grupo 'jihadista' Boko Haram e também contribuiu "significativamente para os esforços para livrar os estados do centro-norte de bandidos armados e outros elementos criminosos", de acordo com a Força Aérea.
O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, elogiou a sua coragem, que testemunhou em várias manobras de helicóptero realizadas na sua presença, segundo o porta-voz presidencial, Femi Adesina.
O movimento feminista também reconheceu o trabalho de Arotile pelo seu esforço no sentido de abrir a porta para outras mulheres, numa carreira anteriormente reservada aos homens.
O Exército nigeriano tem mulheres nas suas fileiras, mas estas não se encontram normalmente em posições de combate.
"Partiste o teto de vidro em tão pouco tempo e estaremos sempre orgulhosos de ti", disse a política Benedicta Ndi Kato na sua conta da plataforma social Twitter.
Brenda Uji, outra ativista, descreveu a jovem piloto como "uma estrela brilhante que se extinguiu demasiado cedo".