Sequestro na Ucrânia: Dez pessoas reféns em autocarro, cidade isolada
Um homem armado mantinha esta tarde em seu poder pelo menos dez passageiros como reféns num autocarro de longa distância no noroeste da Ucrânia, ao contrário dos 20 anunciados previamente, e com a polícia a rodear o local.
© Reuters
Mundo Sequestro
Cerca de 10 pessoas estavam atualmente feitas reféns, referiu o Serviço de Segurança da Ucrânia numa declaração pela rede social Facebook.
Anteriormente, a polícia tinha-se referido a 20 pessoas, desconhecendo-se quantas pessoas estavam a bordo no momento do incidente, e se algumas conseguiram escapar.
A polícia isolou o centro de Lutsk, uma cidade 400 quilómetros a oeste da capital Kiev e afirmou que o assaltante está armado e transporta explosivos, tendo recusado a oferta das autoridades ucranianas para fornecer água e comida aos reféns.
Numa ocasião, o assaltante lançou explosivos para o exterior a partir de uma janela, mas ninguém ficou ferido. Também disparou vários tiros em direção a um 'drone' [aparelho aéreo não tripulado] da polícia.
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy disse que estavam a decorrer negociações com o sequestrador.
"Estamos a fazer tudo para libertar os reféns", assegurou aos jornalistas.
O homem chamou a polícia às 09:25 (07:25 em Lisboa), após ter assumido o controlo do autocarro e apresentou-se como sendo Maksim Plokhoy, indicou no Facebook o vice-ministro do Interior, Anton Gerashchenko.
Através de uma conta na rede social Telegram, que alegadamente lhe pertence, Plokhoy aparentemente admitia efetuar uma ação de tomada de reféns num autocarro, e considerava que "o Estado é sempre e será sempre o primeiro terrorista" e pedia que altos responsáveis ucranianos emitissem declarações nas suas páginas das redes sociais em que se designassem a si próprios como terroristas.
De acordo com Gerashchenko, a polícia identificou o homem como Maksim Krivosh, um ucraniano de 44 anos que nasceu na Rússia.
Krivosh já foi alegadamente condenado duas vezes por diversas acusações - roubo, fraude, posse de armas ilegais - e passou um total dez anos na prisão, indica a agência noticiosa Associated Press (AP).
O ministro do Interior, Arsen Avakov, viajou para Lutsk e está a supervisionar as operações.
Os 'media' ucranianos referiram que foram escutados diversos disparos no local, mas não foi possível confirmar a existência de feridos.
De acordo com diversos relatos, Krivosh tentou contactar com jornalistas através dos reféns e dos seus telefones, solicitando que divulgassem as suas reivindicações e que convocassem mais jornalistas para o local.
Previamente, o Presidente Zelenskiy tinha referido que estava a controlar pessoalmente a situação.
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