A operação do F-15 norte-americano fez com que o avião comercial perdesse altitude de forma brusca mas conseguiu prosseguir viagem até ao aeroporto de Beirute, Líbano.
Através de um comunicado o CentCom, que opera no Médio Oriente e no Golfo Pérsico, afirma que "um F-15 dos Estados Unidos, numa missão de rotina (...) realizou uma inspeção visual normal a um avião de passageiros da Mahan Air (Irão)".
A nota acrescenta que o F-15 se posicionou a "uma distância de segurança de aproximadamente mil metros do avião" civil enquanto o piloto identificava o aparelho como "um Mahan Air de passageiros" tendo-se depois afastado de forma segura.
"A interceção profissional foi efetuada de acordo com os padrões internacionais", explica o CentCom.
Na quinta-feira à noite, a agência de notícias oficial síria SANA informava que aparelhos militares, provavelmente da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, tinham intercetado um avião civil iraniano sobre a zona de Al Tanf fazendo com que o aparelho tivesse perdido altitude o que causou ferimentos nos passageiros.
O CentCom disse hoje que o incidente aconteceu sobre a área onde se situa a guarnição militar de Al Tanf, onde se encontram estacionadas tropas dos Estados Unidos que operam no quadro da aliança internacional que atua na Síria contra o grupo extremistas Estado Islâmico.
O comunicado militar norte-americano refere que "a inspeção visual do F-15" procurava "garantir a segurança do pessoal da coligação na guarnição de Al Tanf".
O avião civil procedia de Teerão e dirigia-se para a capital do Líbano através dos espaços aéreos do Iraque e da Síria.
O diretor-geral da Aviação Civil do Aeroporto Internacional Rafik Hariri, em Beirute, informou entretanto que todos os passageiros do avião da Mahan Air chegaram em boas condições à capital libanesa, exceto uma pessoa idosa que foi transportada para um hospital "com problemas de pressão".
Os aviões civis evitam sobrevoar a Síria devido ao conflito armado no país onde opera a aviação militar de Damasco, além da russa e da coligação internacional.
Em algumas ocasiões, desde o começo do conflito sírio, em 2011, a aviação de guerra de Israel também realizou incursões no espaço aéreo da Síria, quase sempre para atacar posições das forças governamentais ou das milícias xiitas, libanesas e iranianas, que apoiam Damasco.