As autoridades de Madrid revelaram, esta quarta-feira, a relação oficial das quase 6 mil mortes associadas à Covid-19 entre os 474 lares da região, a mais devastada pela pandemia em Espanha.
A listagem das mortes, que foi obtida pelo jornal El País, mostra, pelo menos, 20 lares que registaram mais de 50 mortes relacionadas com a infeção provocada pelo vírus SARS-CoV-2.
Um lar privado em Alcalá de Henares, do grupo Ballesol, tem registo de 84 mortes relacionadas com o novo coronavírus, sendo este o que apresenta o maior número de fatalidades. Em segundo lugar vem outra residência privada, do grupo Los Nogales, no bairro de Hortaleza, com 82 mortes. Seguem-se quatro lares públicos da Comunidade de Madrid: Reina Sofía (78 óbitos), Doctor González Bueno (78 óbitos), Francisco de Vitoria (74 óbitos) e Adolfo Suárez (72 óbitos).
Recorde-se que, no início de março, as autoridades anunciaram o encerramento de 213 lares de idosos e centros de dia, num esforço para mitigar os contágios do novo coronavírus entre a população mais idosa. Ainda assim, no final do mesmo mês, foram localizados lares nos quais idosos estavam a viver com cadáveres de pessoas falecidas por causa do novo coronavírus.
Desde esse mês, diz o mesmo jornal, os dados fornecidos sobre o impacto da pandemia nos lares de idosos têm sido "muito incompletos", apesar "dos numerosos pedidos dos meios de comunicação". Os números revelados, até agora, eram apenas os totais, sem mencionar em que lares estavam os surtos, uma situação que se tornou "num tormento" para as famílias. Sublinhe-se que os familiares não podiam entrar nos lares afetados nem se puderam despedir dos seus entes queridos que faleceram, com muitos relatos de familiares que souberam das mortes pela imprensa.