Palestina anuncia primeiros casos de transmissão comunitária
As autoridades sanitárias na Faixa de Gaza anunciaram hoje os primeiros casos de transmissão comunitária do novo coronavírus, informações que aumentam o receio de uma epidemia devastadora neste território palestiniano empobrecido e bloqueado por Israel e Egito.
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Mundo Coronavírus
Até hoje, todos os contágios registados estavam relacionados com instalações que albergavam cidadãos que regressavam do estrangeiro e que estavam a cumprir a quarentena obrigatória decretada na sequência da pandemia global, dá conta a Associated Press (AP).
O Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestiniana anunciou hoje que quatro pessoas pertencentes à mesma família testaram positivo à presença do SARS-CoV-2 no centro de Gaza e que estão a decorrer investigações para apurar a origem do contágio.
As autoridades sanitárias decidiram, entretanto, impor o confinamento obrigatório no campo de refugiados de Al-Maghazi, onde a família infetada vive.
A tutela acrescentou que uma mulher que tinha ido a Jerusalém para um tratamento médico testou igualmente positivo à presença do vírus. As autoridades sanitárias testarem os restantes elementos da família da mulher, que também estavam infetados.
O receio de um surto comunitário obrigou o Hamas, que controla Gaza, a anunciar um recolher obrigatório de 48 horas em todo o território, obrigando ao encerramento de empresas, escolas, mesquitas e cafés.
O Hamas apoderou-se deste território em 2007. Em resposta, o Egito e Israel impuseram um bloqueio a Gaza, onde vivem cerca de dois milhões de palestinianos.
Israel justifica o bloqueio com a necessidade de impedir o Hamas de importar e fabricar armamento. Hamas e Telavive disputaram três guerras em 13 anos, que fizeram inúmeras vítimas de ambos os lados, mas, em particular, do lado palestiniano, com menor capacidade bélica.
As tensões aumentaram nas últimas semanas na sequência de vários ataques palestinianos através da fronteira de Gaza com Israel.
Telavive respondeu com ataques aéreos contra posições militares do Hamas, mas não há registos significativos de mortos ou feridos de ambos os lados devido a estes ataques.
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