"O envenenamento de Alexei @navalny chocou o mundo. O Reino Unido está solidário com ele e com a sua família. É precisa uma investigação completa e transparente ao que aconteceu. Os perpetradores devem ser responsabilizados e o Reino Unido vai juntar-se aos esforços internacionais para garantir que é feita justiça", escreveu Boris Johnson no Twitter.
Principal opositor do Presidente russo Vladimir Putin, conhecido pelas investigações anticorrupção a membros da elite russa, Alexei Navalny, 44 anos, está internado desde 20 de agosto em coma, primeiro num hospital de Omsk, na Sibéria, e desde sábado num hospital de Berlim.
O político sentiu-se mal durante um voo e a família e colaboradores suspeitam que foi vítima de envenenamento intencional, o que foi em parte validado pelos médicos alemães que o estão a tratar quando, na segunda-feira, afirmaram ter detetado "indícios de envenenamento" nos exames que lhe foram realizados.
The poisoning of Alexey @Navalny shocked the world. The UK stands in solidarity with him & his family. We need a full, transparent investigation into what happened. The perpetrators must be held accountable & the UK will join international efforts to ensure justice is done.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) August 26, 2020
A presidência da Rússia considerou essas conclusões "prematuras", apontando que os médicos russos que trataram Navalny em Omsk não detetaram qualquer substância tóxica nos exames que fizeram ao opositor.
"Uma investigação tem de ter um motivo. Para isso seria preciso identificar uma substância", disse na terça-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Alexei Navalny "está numa unidade de cuidados intensivos e ainda está em coma induzido", sendo o seu estado de saúde considerado grave, embora a sua vida não esteja, de momento, em risco, segundo o hospital universitário Charité, em Berlim.