Covid-19: Escolas de São Paulo reabrem com pouca adesão dos estudantes

O estado brasileiro de São Paulo, foco da pandemia da covid-19 no país, reabriu na terça-feira as atividades presenciais nas escolas, mas a adesão foi pouca, com apenas 10% a 15% dos estudantes.

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Lusa
09/09/2020 06:07 ‧ 09/09/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Na reabertura, de cariz opcional, 128 municípios de São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, decidiram abrir portas nesta terça-feira.

Segundo dados do Governo estadual, enviados à imprensa local, 200 escolas da rede pública retomaram as atividades, mas só 10% a 15% dos estudantes se deslocaram às unidades de ensino.

"Neste regresso opcional, o nosso foco e cuidado maior são com os alunos que mais precisam. O nosso olhar está muito voltado para o aspeto socioemocional. É absolutamente primordial cuidarmos também dos nossos funcionários e professores. A rede deve estar voltada a cumprir todos os protocolos de saúde e de segurança", afirmou o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, que acompanhou as atividades numa das escolas da região.

Para retomarem as atividades presenciais, as unidades escolares precisam de estar localizadas em áreas geográficas que estejam há pelo menos 28 dias consecutivos na "fase amarela" de um plano de flexibilização da economia elaborado pelas autoridades locais.

O denominado "Plano São Paulo" dividiu o estado em 22 regiões e sub-regiões, reunindo grupos de municípios sujeitos às mesmas regras. As fases de restrições e flexibilizações do funcionamento de serviços, comércio e atividades são divididas em vermelha (1), a mais restrita, laranja (2), amarela (3), verde (4) e azul (5), a mais branda.

"Os estudantes que compõem o grupo de risco devem permanecer em casa, fazendo as atividades remotas. Também é recomendável que os profissionais que estejam neste grupo não retornem ao trabalho presencialmente", indicou o Governo de São Paulo em comunicado.

Para garantir a segurança da comunidade escolar na rede estadual, o executivo do estado de São Paulo adquiriu 12 milhões de máscaras de tecido, 300 mil viseiras faciais, 10.168 termómetros a laser, 10 mil dispensadores de álcool em gel, 221 mil litros de sabonete líquido, 78 milhões de copos descartáveis, 112 mil litros de álcool em gel e 100 milhões de unidades de toalhas de papel descartáveis.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) indicou que o número de 200 escolas informado pelo governo estadual não corresponde à realidade e que o balanço da tutela leva em conta também a rede privada. Segundo o cálculo da Apeoesp, citado pelo jornal Estadão, apenas 20 unidades estaduais teriam feito a reabertura nesta terça-feira.

São Paulo (sudeste), o estado mais rico e populoso do Brasil, com cerca de 44 milhões de habitantes, é o foco da pandemia no país, concentrando oficialmente 858.783 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus e 31.430 mortos.

Já o Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de mortos (mais de 4,1 milhões de casos e 127.464 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 893.524 mortos e infetou mais de 27,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

 

 

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