O documento "Monitorização do impacto da covid-19 em grupos vulneráveis" sobre Moçambique apresenta oito quadros sobre diferentes tipos de dificuldades com base num inquérito feito em agosto às organizações que compõem o grupo dedicado à proteção de pessoas (protection cluster).
A vermelho destacado, em sinal de alerta, surgem as pessoas com necessidades especiais por não terem acesso a serviços e equipamentos de saúde e por falta de atendimento especializado - problemas relatados por seis organizações no terreno.
O mesmo tipo de problema afetada os mais idosos, segundo cinco das entidades inquiridas.
Os deslocados internos, como acontece devido ao conflito de Cabo Delgado, no norte do país, sofrem de falta de serviços ou informação sobre os mesmos.
Noutro quadro, refere-se que idosos e pessoas com necessidades especiais "raramente são consultadas" na conceção e implementação dos procedimentos de resposta à covid-19.
As organizações queixam-se ainda de um aumento de casos de violência no contexto das restrições e confinamento impostos pela covid-19, sendo que as mulheres notam um crescimento maior dos incidentes.
O grupo de organizações que lida com a proteção de pessoas nota ainda um "crescimento significativo" do número de contactos para as três linhas de apoio sobre saúde (Alô Vida, Fala Criança e Linha Verde) e dificuldades generalizadas no acesso a formas de proteção social.
Moçambique regista um total acumulado de 4.764 casos de infeção pelo novo coronavírus, com 28 mortes e 2.763 recuperados.