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Museu de Paris barra entrada de mulher por causa do decote

Funcionários do museu não explicaram a razão da proibição de entrada, apenas olhando e apontando para o peito da jovem. Museu de Orsay, em Paris, já pediu desculpa pelo incidente.

Museu de Paris barra entrada de mulher por causa do decote
Notícias ao Minuto

17:57 - 10/09/20 por Notícias Ao Minuto

Mundo Discriminação

Um dos maiores museus de Paris é acusado de discriminação e sexismo depois de impedir a entrada de uma mulher porque estava a usar um vestido... demasiado revelador.

Os funcionários do Museu de Orsay, situado em Paris, e que tem nas suas galerias algumas das obras de nus mais famosas do mundo, segundo explica o Guardian, disse à jovem estudante que "regras são regras" e ordenou que tapasse o decote para poder entrar.

"Ao chegar à entrada do museu, nem tive tempo de tirar o bilhete, a visão do meu peito no meu vestido decotado chocou os funcionários responsáveis pelas entradas", testemunhou Jeanne, numa carta aberta publicada através do Twitter, onde acrescentou uma fotografia do vestido em causa, tirada no mesmo dia.

Jeanne explica que os funcionários começaram a dizer "não vai ser possível, não vai dar". "Nesta altura, eu não tinha ideia de que a causa deste drama todo era o meu decote", explicou, referindo que nenhum dos funcionários lhe disse diretamente qual era o problema. "Eu perguntei qual era o problema e ninguém respondeu. Só olhavam para o meu peito. Senti-me terrivelmente envergonhada, não estava a perceber o que se estava a passar", acrescentou.

Jeanne disse, inclusive, que a amiga que a acompanhava tinha uma camisola curta, que mostrava um pouco a barriga, e que os outros visitantes também usavam roupas de verão, de forma geral, porque estava calor. Os funcionários, porém, só a barraram a ela, só explicando qual era o problema quando, a dada altura, apontaram para o peito e disseram "isso".

Depois de a publicação de Jeanne ter ganhado alguma tração nas redes sociais, e também na imprensa francesa, o museu reagiu, também através do Twitter, indicando que estava a par da situação e que "lamentava profundamente". Um representante do museu contactou a estudante e ofereceu "um sincero pedido de desculpa".

A jovem disse que ficou satisfeita com a chamada, mas aponta que a reação do museu não reconhece a natureza "sexista e discriminatória" do incidente.

Esta história lembra o recente incidente, ocorrido em Portugal, num comboio da CP, onde um revisor fez o mesmo tipo de comentário em relação ao decote de uma passageira: "Ainda bem que não está frio ou as mamocas constipavam-se". O revisor em questão é alvo de um processo disciplinar, tendo a CP condenado o comportamento. "A CP – Comboios de Portugal repudia e não se revê neste tipo de comportamento e apresenta as suas desculpas", lê-se ainda na nota enviada pela empresa.

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